Quando o jogo terminou no explosivo teatro do Vicente Calderón, famoso pelo brio incansável dos seus adeptos, o Benfica quebrava uma malapata com uma vigência de mais de três décadas - os golos de Gaitán e Gonçalo Guedes, além de imporem a primeira derrota europeia caseira do Atlético Madrid no reinado de Diego Simeone, também reeditaram um triunfo encarnado, em solo espanhol, que não acontecia desde 1982.

O Benfica apenas por uma vez na sua História tinha batido uma equipa espanhola em terras de «nuestros hermanos» - em 1982, no dia 29 de Setembro, aquando da deslocação ao reduto do Bétis de Sevilha, o Benfica venceu por 1-2 naquele que fora, até ao jogo do Calderón, o único triunfo benfiquista em Espanha. Os golos lusos de Carlos Manuel e Nené, na segunda mão da 1ª ronda da Taça UEFA 1982/1983, permitiram ao Benfica seguir em frente na prova.

No duelo da primeira mão, na Luz, as águias tinham já conseguido uma (ainda que magra) vantagem (2-1) mas os golos de Carlos Manuel e Nené confirmaram o triunfo português na eliminatória; Rui Vitória obteve a sua primeira vitória fora da Luz nesta temporada, quebrando de uma assentada, alguns recordes e tradições duradouras, ao mesmo tempo que festejou uma das vitórias forasteiras mais árduas dos últimos anos na UEFA Liga dos Campeões.

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