A forma do Barcelona está longe de se aproximar daquela que impressionou a Europa rumo à conquista da Liga dos Campeões; a equipa de Luis Enrique tem-se exibido vários furos abaixo do expectável padrão e ontem voltou, no Rámon Sanchez Pizjuán, a deixar uma imagem precária que acompanhou com um futebol parco em ideias. O Sevilha bateu o campeão por 2-1 e beneficiou de uma entrada perdulária da formação «culé».

Neymar foi o primeiro a avisar o guarda-redes Sergio Rico (Beto, o titular habitual, está lesionado) mas um dos maiores falhanços sairia dos pés do jovem Munir, que, servido por Rakitic, atirou para longe. Luis Suárez também alvejou as redes de Rico mas o lateral Timothée Kolodziejczak bloqueou o disparo e manteve a baliza inviolada. Neymar, de livre, viria a assustar de novo Rico - a bola beijou o poste sevilhano e o drama «culé» prosseguia com o falhanço incrível de Piqué, à boca da baliza.

Na segunda parte, os pupilos de Unai Emery deram a mais letal resposta ao assédio catalão da primeira parte - aos 52 minutos, o reforço sueco Krohn-Dehli atirou a contar após cruzamento do avançado Kevin Gameiro. Cinco minutos depois, o Sevilha acentuou a crise do Barcelona, com o médio Vicente Iborra a corresponder da melhor forma à jogada de Krohn-Dehli e Gameiro. A resposta do Barcelona foi curta: Neymar marcou aos 74 minutos (de grande penalidade) já depois de ter obrigado Rico, minutos antes, a uma defesa espectacular.

A confirmação da derrota veio assim agravar a má forma do Barcelona - depois da humilhação dos Balaídos (derrota de 4-1 contra o Celta de Vigo), os catalães voltam a perder e ficam à mercê do Real Madrid, que poderá, caso vença hoje o Atlético Madrid, ultrapassar o rival «blaugrana» na classificação.