Apenas quatro dias depois de ter sido derrotado no Vicente Calderón pelo Benfica na Liga dos Campeões, surgia mais um teste de fogo para o Atlético de Madrid no seu reduto, agora recebendo o grande rival da cidade, o Real Madrid, que se apresentava ainda assim algo desfalcado na sua defesa com destaque para a ausência do português Pepe, uma figura de cartaz na Selecção Nacional para os diversos técnicos que passaram pelo seu comando, em especial na era Paulo Bento.

Limitado na sua defesa, o Real optou por entrar forte e sem temores do clima adverso, colocando-se em vantagem logo ao minuto nove a partir de uma excelente incursão do lateral direito Dani Carvajal para uma igualmente notável finalização de Karim Benzema, que vem realizando um início de temporada altamente promissor para os objectivos sempre elevados dos ‘merengues’, com o francês a cabecear sem a mínima hipótese de defesa para Jan Oblak.



Em bom plano, Tiago ajudou o Atlético a recuperar da desvantagem inicial

Em desvantagem, o Atlético procurou reaver o domínio do encontro, baseando-se em grande medida num dos seus líderes em campo, o português Tiago que será um muito apreciável regresso à Selecção tendo em conta que parece estar comprometido com a causa e objectivos e pela sua experiência e o momento de forma que atravessa.

Com o médio luso aos comandos, os colchoneros poderiam ter chegado à igualdade aos 22, minuto em que Antoine Griezmann não conseguiu ultrapassar Keylor Navas na transformação de uma grande penalidade. No Real, o desenrolar do tempo deixava claro que o maior fenómeno desportivo português no Mundo do desporto, Cristiano Ronaldo, não se encontrava numa das várias noites de magia com que já deleitou os amantes da modalidade e assim a equipa da casa foi capaz de crescer.



Vietto foi o herói do Atlético, apontando o golo da igualdade num esforço final

Remontando ao início do texto, o Real acusou a ausência de um central experiente e de características bem diferentes de Raphael Varane e Sergio Ramos como Pepe, pois ao contrário do que fez o Benfica a meio da semana os merengues não conseguiram arrefecer o ritmo do encontro e acima de tudo suster da melhor forma o aumento dos lances perigosos criados pelo Atlético, que chegou ao empate já no período final da partida através do que foi na verdade um suplente de ouro, Luciano Vietto.

Estranhamente, o Real nada ganhou em relação às mexidas realizadas em relação à vitória em Malmo também na 4ª feira, abdicando de Alvaro Arbeloa, Nacho Fernandez e Mateo Kovacic para lançar Marcelo, Sergio Ramos e Luka Modric, três ‘pesos-pesados’ que não garantiram a vitória. Ainda assim, foi possível ganhar mais um ponto ao grande rival Barcelona, que voltou a perder.