No sopé da montanha

A partida deste sábado diante do União Desportiva Vilafranquense é o primeiro de três jogos que o Sporting irá disputar no espaço de oito dias. A semana dos leões abrange ainda a recepção aos albaneses do Skenderbeu, e finalmente a deslocação ao Estádio da Luz para enfrentar o eterno rival Benfica. Trata-se pois de um calendário que, pelo menos no plano teórico, apresenta um grau de dificuldade em crescendo.

Contudo, e antes de pensar no pico da montanha, a formação de Alvalade começa a escalada ao defender a Taça de Portugal, tão arduamente conquistada na temporada passada. O primeiro obstáculo neste trilho chama-se Vilafranquense, formação que alinha no campeonato da Associação de Futebol de Lisboa, ocupando nesta altura o quinto lugar, a um ponto da liderança e ainda com um jogo em atraso. (foto: ojogo.pt)

Apesar do considerável desnível entre as duas equipas, não são de esperar facilidades por parte da equipa de Jorge Jesus. O técnico leonino saberá melhor do que ninguém a conjuntura de um jogo desta natureza e quererá certamente evitar surpresas desagradáveis para a sua equipa; todavia, prevêm-se algumas alterações no onze inicial, tendo em vista os desafios que se avizinham.

Novas oportunidades

São de esperar novidades e estreias na partida deste sábado. Tendo em conta compromissos que se avizinham, Jorge Jesus deverá mexer em todos os sectores, dando ritmo de jogo a quem regressou de lesão, e dando oportunidade a jogadores menos utilizados.

Só o dragão os parou

A história do Vilafranquense não é propriamente rica no que toca à Taça de Portugal; com efeito, as prestações dos ribatejanos na prova-rainha do nosso futebol não serão objecto de grande destaque, com excepção para a temporada 2003/2004. Foi nessa temporada que as "Piranhas do Tejo", como também são conhecidos, chegaram aos oitavos de final da prova, comandados por Rui Vitória, hoje treinador do Benfica. (foto: jn.pt)

O trajecto do Vilafranquense começou com a vitória por 1-0 diante do Estarreja; seguiu-se nova recepção e novo triunfo, agora por dois golos sem resposta diante do Valdevez. O grande passo deu-se na eliminatória seguinte quando os ribatejanos foram a Fátima (clube que mais tarde também seria treinado por Rui Vitória), vencer por 2-0.

Seguiu-se uma viagem a Felgueiras onde a equipa saiu derrotada por dois golos sem resposta. Todavia, os de Vila Franca acabariam por vencer na secretaria, após o treinador do Felgueiras, Diamantino Miranda, ter surgido na ficha de jogo, numa altura em que o técnico estava suspenso pela Comissão Disciplinar da Liga de Clubes. O Vilafranquense cumpria o sonho e chegava aos oitavos de final, onde iria defrontar "apenas" o FC Porto, no Estádio do Dragão.

Contudo, o conto de fadas terminou nessa partida; tal como seria de esperar, os dragões venceram por 4-0, pondo assim termo ao sonho dos ribatejanos. (foto: ASF)