Frio a começar, calor a terminar

Ao contrário do que tinha vindo a ser habitual, Jorge Jesus apresentou um onze mais próximo daquele que utiliza no campeonato; nomes como os de João Mário, Adrien ou Bryan Ruiz alinharam de início, mesmo após terem jogado 120 minutos no fim-de-semana diante do Benfica.

O Sporting até entrou melhor na partida, mostrando vontade em controlar as operações, todavia, e na primeira vez que o Lokomotiv chegou à baliza leonina, acabou por marcar. Apenas cinco minutos de jogo e uma falha defensiva da equipa de Alvalade acaba por isolar Maicon que, na cara de Marcelo, fez o primeiro da partida, um golo totalmente fortuito.

Sinal disso mesmo foi o facto de o jogo pouco ter mudado após o golo russo; com efeito, o Sporting continuava a controlar as operações, assumindo o jogo perante um Lokomotiv aparentemente confortável a jogar na espectativa. Todavia a persistência leonina acabou por dar frutos; vinte minutos e um cruzamento de Ricardo Esgaio na direita encontra Montero que, na cara do guardião Guilherme, fez o empate.

O Sporting continuou a dominar, perante um Lokomotiv inofensivo, sem grande vontade de atacar e esticar uma equipa encaixada no seu meio-campo; à passagem da meia-hora, Gelson ameaçou com um remate à figura do guardião dos moscovitas, um prenúncio para o que aconteceria minutos depois. Com 38 minutos de jogo, uma combinação entre Montero e Ruiz permitiu a este último picar a bola sobre Guilherme, um golo de pura classe e que dava a justa liderança dos leões no marcador.

O golo do costa-riquenho obrigou o Lokomotiv a sair do seu meio-campo e procurar chegar perto da baliza do espectador Marcelo Boeck; os leões tinham mais espaço nas costas da defesa moscovita, e foi assim que o Sporting chegou ao terceiro. Aos 42 minutos, Montero isola Gelson Martins que, com frieza, fez o 3-1. Depois de estar a perder, o Sporting chegava ao intervalo a vencer por dois golos, demonstrando coragem e concentração perante a madrugadura desvantagem.

Cerrar fileiras para o golpe final

Tal como seria de esperar, o Lokomotiv entrou mais agressivo no segundo tempo, assumindo as despesas do jogo e acercando-se com mais frequência da área leonina. Em poucos minutos, os moscovitas criaram duas grandes oportunidades de golo, primeiro foi Esgaio a desviar para a barra um cruzamento, e depois foi Niasse a falhar por pouco a emenda a novo cruzamento.

Apesar do aperto, as tropas leoninas mantinham-se firmes e concentrados, aguentando as iniciativas da frente russa, esperando pela altura certa para desferir novo golpe. E foi à passagem do minuto 60 que o Sporting voltou a marcar; novamente explorando a subida do bloco dos moscovitas, Gelson isolou Matheus Pereira, o brasileiro não tremeu e fez o 4-1, um golo surgido no momento certo.

Matheus fez o quarto golo dos leões (foto: Reuters)

O golo verde-e-branco pos cobro ao ímpeto ofensivo do Lokomotiv, permitindo aos leões voltarem ao controlo da partida de forma mais tranquila. Perante um adversário desmotivado, foi o Sporting quem esteve perto de fazer o quinto, mas o remate de Ruiz levou Guilherme a defender para o poste. Jorge Jesus aproveitou a vantagem para refrescar a equipa com as entradas de André Martins, Slimani e Aquilani.

A consistência e concentração do Sporting manteve-se até final, excepção feita para o minuto 86, altura em que um cruzamento da direita encontra Miranchuk que, com relativo à vontade, fez o resultado final. Com este importante triunfo, o Sporting reabre as portas da qualificação; um triunfo diante do Besiktas na última jornada garante o apuramento para a próxima fase da Liga Europa.

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