Os caprichos do sorteio deitam por terra o ditado ‘nunca se deve voltar onde já se foi feliz’ para o Benfica; isto porque depois de na 3ª feira ter arrancado para uma revitalizante goleada sobre o Moreirense pela Taça da Liga, logo no Domingo seguinte os encarnados regressam a Moreira de Cónegos, embora desta feita pela Liga e para dar início a uma sequência importante de jogos que em breve envolverá também o regresso á Liga dos Campeões.

Com a eliminatória frente ao Zenit ainda (mas pouco) distante, os bicampeões nacionais terão de encarar a segunda visita consecutiva ao Moreirense como se de um confronto de Champions se tratasse, detendo, quem sabe, a oportunidade de ascender à liderança como até não foi capaz de conseguir na fase de grupos da prova milionária perante o Atlético de Madrid.

A ideia será certamente repetir a avalanche ofensiva conseguida a meio da semana, embora muito provavelmente com intervenientes bem diferentes daqueles que deram asas à sua superioridade técnica na ronda de Taça CTT. Quem entra, quem sai?

Com Carrillo praticamente garantido para 2016/17, opções para extremo são muitas e boas

A grande dúvida estará nas alas ofensivas, nas quais o Benfica possui uma abundância impar nesta Liga mesmo perante os seus rivais directos, possuindo opções de alto nível como Nico Gaitán, Pizzi, Mehdi Carcela-Gonzalez e até mesmo Gonçalo Guedes, um ‘joker’ a ter em conta por força do rendimento que pode oferecer nas duas faixas.

Isto numa fase em que ainda é apontado o nome de André Carrillo, com quem o Sporting procurou a partir dos seus mais altos quadros renovar contrato encontrando respostas negativas em todos os momentos depois de no início até ter existido abertura do jogador para continuar, sobre quem chegou a emitir longos comunicados para explicar o seu afastamento e por quem terá recusado uma proposta de última hora no último Verão…

Uma longa ‘novela’ desenrolada para agora no mercado de Janeiro o peruano assumir, segundo é apontado com insistência pela imprensa, um acordo com as águias. Isto, bem entendido, a partir da próxima época. Descontando o nome de Carrillo, que caso venha a ser confirmado poderá vir a acentuar uma já bem visível guerra entre clubes mas também garantir muitos golos e vitórias na Luz, o Benfica possui muitas e boas opções para as suas alas atacantes.

Moreirense perigoso na resposta, um aspecto a que a águia se encontra habituada

Será muito devido a essa arma que esperará bater o Moreirense. Visitar Moreira de Cónegos pode ser para os bicampeões nacionais em título mais um importante passo numa temporada que apesar de ter sido iniciada ‘de trás para a frente’ revela já alguns importantes marcos históricos como o número de pontos somados na fase de grupos na Liga dos Campeões e, mais impressionante ainda, a nível de somatório de golos marcados quando a época desportiva se encontra ainda numa fase intermédia.

Essa boa maré encarnada deve associar-se às diversas experiências competitivas angariadas nas competições domésticas e internacionais em especial nas últimas duas épocas perante este tipo de adversários sem temores e em busca de discutir o resultado perante o favorito - na parte da equipa da casa existem também virtudes a ter em conta.

Pode descobrir-se neste Moreirense um adversário perigoso em especial para os conjuntos de maior poderio pelo facto de explorar como poucas equipas da Liga NOS o adiantamento dos seus oponentes no terreno de jogo, precisamente o que se espera do Benfica na maior parte do período deste desafio. Será nesse ponto que o jogo se tornará muito interessante de acompanhar…