O ambiente do estádio de Wembley esteve ao rubro para a grande final da Taça da Liga entre dois históricos rivais do futebol britânico. Manchester City e Liverpool entraram em campo para travar um duelo equilibrado, mas foram os citizens a superiorizar-se ao longo de todo o jogo. Para o City, Fernandinho abriu o ativo ao minuto 49, mas contra a corrente de jogo Coutinho acabou por igualar o score, levando todas as decisões para o prolongamento e mais tarde para as grandes penalidades. Neste desempate, Yaya Touré converteu o castigo máximo decisivo, ajudando os homens do Manchester a conquistarem a tão ambicionada Taça. 

1ª parte: Superioridade do City e inércia do Liverpool

Com lotação esgotada no mítico Estádio de Wembley, as equipas foram elas também emblemáticas. Longe da corrida pelo título, o Manchester City e o Liverpool apostaram tudo para vencer esta final da Taça da Liga, e tal como é habitual no futebol inglês, a emoção foi o 12º jogador para cada equipa. 

Nos primeiros 15 minutos do encontro, o Liverpool pressionou o miolo dos citizens, tentando controlar a posse de bola para depois avançar no terreno e assim tentar perigo para as redes de Caballero. Apesar deste domínio inicial, o Liverpool não conseguiu criar situações de apuro para a defesa contrária, e o Manchester City acabou por sacudir a pressão. Ao minuto 23 Aguero protagonizou a primeira grande situação para balançar a rede, com um tiro potente ao poste que deixou Mignolet pregado ao chão.

A resposta do Liverpool foi bastante inofensiva, com registo apenas para um remate de Firmino ao minuto 27 que levou o esférico a passar muito longe dos postes de Caballero. 7 minutos volvidos e destaque para a equipa que realmente conseguiu criar perigo na primeira parte: o citizen Sterling ganhou posição na defensiva contrária e falhou por pouco a emenda. O desespero do Liverpool ficou espelhado ao minuto 45, quando Coutinho rematou de forma disparatada sem qualquer perigo. 

Em suma, a igualdade a zero ao intervalo era injusta, uma vez que o Manchester City foi de longe a equipa mais perigosa e dinâmica, ficando na retina o lance ao poste de Aguero ao minuto 23. O Liverpool foi praticamente uma nulidade, tendo apenas criado relativo perigo nos 15 minutos iniciais da final. 

2ª parte: Prolongamento foi o destino

A equipa de Manchester entrou para a 2ª metade à velocidade da Luz e logo ao minuto 48 foco para uma contra-ofensiva veloz de Aguero, com o argentino a vacilar apenas na hora de empurrar para o golo. Um minuto depois o mesmo Aguero, irrequieto, provou estragos na defesa do Liverpool, cruzando para o golo de Fernandinho que apareceu solto de marcação para inaugurar o marcador. 

A partir daqui o Liverpool subiu no terreno e respondeu ao minuto 56 com o ex-jogador do City, Milner, a falhar o tento à boca da baliza. 4 minutos depois o City ficou perto de ampliar a vantagem, mas Sterling não deu a melhor direção ao esférico. A 20 minutos do fim, Aguero permitiu uma grande defesa a Mignolet. Ao minuto 84, Lallana atirou forte, com Caballero a defender para a frente onde apareceu depois Coutinho, oportuno para restabelecer a igualdade na final da Taça da Liga.  

Antes do apito final, o ex-portista Fernando ficou pertíssimo de resolver o encontro antes de chegar ao prolongamento, mas o destino estava traçado e nada havia a fazer. O Manchester City só se pode queixar de si próprio, uma vez que não conseguiu aproveitar as oportunidades que criou ao longo dos 90 minutos. 

Prolongamento e penalties: ganhou a melhor equipa

Na meia hora de prolongamento as equipas respeitaram-se mutuamente e entraram nas 4 linhas com medo de errar. Com um empate a uma bola as equipas não criaram situações claras para passar para a frente do marcador, travando a maioria do prolongamento no meio-campo, com as duas formações à espera de chegar às grandes penalidades. 

Ao fim de 120 minutos a igualdade a 1 manteve-se, e só na marcação de grandes penalidades se viria a decidir o destino do 1º troféu da época no futebol inglês. Para bater o 1º castigo máximo Emre Can converteu de forma inequívoca, colocando o Liverpool em vantagem. Na resposta Fernandinho falhou o empate e o nervosismo instalou-se no City. O brasileiro Lucas, para o Liverpool, imitou o seu compatriota e também não foi capaz de converter a grande penalidade.

O internacional espanhol Navas bateu o guardião dos reds, restabelecendo a igualdade neste desempate por grandes penalidades. O autor do golo na 2ª parte do encontro, Coutinho, tremeu na marca de 11 metros e o Liverpool voltaria a falhar. Já uma das grandes figuras do encontro, Aguero, não vacilou e colocou o City perto da conquista da Taça. Com a responsabilidade de recolocar o Liverpool na luta, Lallana rematou de forma disparatada, permitindo a Touré converter a grande penalidade decisiva que ofereceu o primeiro troféu da época aos citizens

Touré marcou a grande penalidade da vitória
Touré marcou a grande penalidade da vitória

O Manchester City acabou por ser o justo vencedor e esta final mostrou o porquê de o futebol inglês ser mais emocionante que os outros. Duas equipas fortes, um jogo emocionante e uma igualdade que apenas foi desfeita no apaixonante desempate de grandes penalidades.