Este ano e meio no Benfica, e actualmente está há três meses ao serviço do Sporting. Já em condições de estabelecer paralelismos, Bruno César compara as estruturas e atitudes dos adeptos dos dois emblemas lisboetas.

«Ambos são de uma grande dimensão, mas acho que no Sporting existe maior entusiasmo na forma de jogar, porque a estrutura e os adeptos são diferentes no apoio que nos dão. A estrutura que nos apoia é melhor. Sempre atenta a tudo, para que nada nos falte ou preocupe. Depois os adeptos tentam estar sempre mais próximos, para nos abraçar, para nos manifestar apoio, é um ambiente completamente diferente daquele que vivi no Benfica, onde o apoio existe, sim, mas quando a equipa está a vencer. Se as coisas estão a correr mal, lá a reação é vaiar, enquanto aqui mesmo a perder o adepto está a apoiar, a incentivar para continuar a correr, para tentar o golo, para virar o jogo.».

Para o brasileiro a postura dos adeptos tem ajudado muito a equipa e a sua confiança. Tal atitude poderá ser, na sua opinião, decisiva na luta por um título que há tanto escapa aos leões.

«A paciência que estes adeptos têm demonstrado durante 14 anos sem um título de campeão, e que esta época tem sido bem evidente, pode ser decisiva para chegarmos lá, sem dúvida. Acredito que este ano estamos muito perto de conseguir acabar com esse longo período sem um título de campeão. Quando se sofre um golo e percebemos que a reação dos adeptos é de maior incentivo, isso dá uma grande confiança para ir buscar o resultado. A primeira vez que vi uma equipa estar a perder por dois ao intervalo e ser aplaudida no regresso aos balneários foi aqui no Sporting, frente ao Sp. Braga. Temos de perceber o momento em que eles estão puxando por nós, mas também temos de perceber o momento em que temos de puxar por eles.».

Bruno César chegou ao Sporting e assumiu a titularidade, algo que, nos últimos jogos; o brasileiro desvalorizou e mostrou-se em sintonia com as ideias do seu treinador, enfatizando ainda o esforço colectivo dos leões na luta pelo título nacional.

«Sei como o Jorge trabalha, ele gosta de estar sempre a fazer alguma mudança dentro do grupo e isso é normal. Sei que num momento vou estar a jogar e noutro estarei no banco ou na bancada. Isso é mesmo assim. Temos de ter consciência é de uma coisa: estamos todos aqui para ajudar o Sporting a ser campeão.».

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