A Polónia parece estar a voltar aos bons velhos tempos e tem presença marcada no próximo Europeu, em França. Composta por grandes nomes do futebol mundial ,esta pode ser uma das surpresas  em terreno gaulês.

Reclamar o tempo perdido

Longe vão os tempos em que o futebol polaco metia qualquer fã de futebol ao rubro. Na década de 70, jogadores como Kazimiers Deyna ou Zbignew Boniek ou equipas como Legia Varsóvia, Widzew Lodz e Wisla Cracóvia, tomavam de assalto o futebol na Europa. Contudo, a separação da URSS e, consequentemente, a instibilidade política neste país, viriam a provocar uma decadência. A partir daí, só exporadicamente o futebol polaco se tem erguido, mas desta vez parece estar a acontecer definitivamente. Parece que está na hora de reclamar o tempo perdido.

A seleção tem sido a peça principal nesta mudança. Muito graças aos jogadores polacos que fazem parte das grandes equipas do velho continente. Krychowiak e Lewandowski são alguns deles.

Lewandowski e Krychowiak: Os porta-estandartes de uma nova era

Por enquanto, paesar de todos os esforços, ainda são os jogadores que jogam fora do país que vêm dando grandes alegrias ao seu povo. Dois desses nomes são Robert Lewandowski e Grzegorz Krychowiak.

O rendimento do avançado na selecção acaba por ser um reflexo do que se tem passado nos clubes que tem representado. Marcar é, para ele, o processo mais natural do mundo e ele encerra em si todas as qualidades que um avançado deve ter: astuto a procurar o espaço vazio, rápido nas transições ofensivas, tecnicamente evoluído, capaz de entender todos os momentos do jogo e com faro pelo golo. Na fase de apuramento esteve em grande e acabou por igular o recorde de golos (13) numa qualificação para um Europeu.

Krychowiak e Lewandowski  são as principais estrelas da equipa
Krychowiak e Lewandowski são as principais estrelas da equipa

Krychowiak é um médio defensivo de 25 anos, definitivamente um dos melhores do mundo a jogar nessa posição. É um elemento vital tanto no Sevilha como na sua seleção. É forte a sair a jogar desde trás, tem um posicionamento em campo quase perfeito, recupera bolas como ninguém e tem uma inteligência muito acima da média dentro das quatro linhas. Tudo isto é feito em ambos os conjuntos.

Adam Nowalka: o homem que pôs fim à inconsistência

Não é justo se falarmos que apenas os jogadores tem sido os responsáveis desta mudança de ciclo. Se isso está acontecer no futebol e seleção poloca, muito também se deve ao selecionador nacional: Adam Nowalka. No controlo da equipa desde 2013, Nowalka tem introduzido na equipa esses mesmo jogadores, alguns mais jovens e outros mais experientes. 

A ter em atenção - Polónia é candidata a surpresa

Quem costuma observar este tipo de competições sabe que em todas as competições há algo de invulgar que acontece, quer seja a nível individual ou coletivo. Ora a Polónia, pode mesmo ser um desses casos. Fazendo parte do grupo C juntamente com a Alemanha, Ucránia e Irlanda do Norte, os polacos têm boas hipóteses de passar à fase seguinte e quem sabe, chegar ainda mais longe. As estastísticas do apuramento dão boas indicações. Ficaram em segundo no grupo D, com apenas um ponto a menos do que a Alemanha

Provocar algum tipo de choque positivo vai ser objetivo de modo a tomar definitivamente o futebol do velho continente de «assalto» e quem sabe devolver de vez ao futebol do seu país a mística que tanto furor fazia nas décadas de 60 e 70.

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