Ao dirigir-se aos jornalistas na conferência de imprensa depois do jogo, o treinador do Wolfsburgo, Dieter Hecking, sorriu e disse: “Quando falei convosco ontem olhei para as vossas caras e ninguém parecia acreditar em mim. Mas, como viram, no futebol tudo é possível.”

Contratado ao Goiás em Janeiro, para suprir a ausência por lesão do avançado Bas Dost, Bruno Henrique tinha disputado apenas cinco jogos na Bundesliga (sempre como suplente utilizado) até esta quarta-feira. O jogador brasileiro de 25 anos, porém, foi titular no seu jogo de estreia na Champions League e surpreendeu muita gente, incluindo o Real Madrid. “Bruno Henrique foi um dos jogadores-chave esta noite,” salientou Hecking. “Quisemos surpreender o Real Madrid ao colocá-lo em campo de início e o nosso plano resultou na perfeição, porque ele jogou muito bem, não só a atacar, como também a defender.

Se a introdução de Bruno Henrique no onze inicial deu que falar, o mesmo pode ser dito da titularidade do defesa central Naldo, que há um mês havia sido submetido a uma intervenção cirúrgica para debelar um problema num ombro.

Compacto e disciplinado no seu 4-5-1, o qual rapidamente se transformava em 4-2-3-1 nas saídas para o contra-ataque, o Wolfsburgo raramente tremeu numa noite em que o seu trabalho árduo teve a merecida recompensa. “Sabíamos que só jogando como equipa teríamos hipóteses de bater um adversário tão forte,” disse o guarda-redes Diego Benaglio. O português Vieirinha concordou e acrescentou: “Não demos espaços às estrelas do Real. Sei que ninguém estava à espera deste resultado, mas nós sabíamos que éramos capazes de vencer se jogássemos unidos.