Não foi o primeiro, e com toda a certeza também não terá sido o último, a fazê-lo, mas, no entanto, Maxi foi um golpe mais difícil de aceitar para todos os adeptos encarnados. Terá sido por ser no mesmo ano da transferência de Jorge Jesus para o Sporting? Foi pelo facto de Maxi ter sido, como muitos disseram, um jogador "à Benfica"?
Certo é que o “jogador à Benfica” desapareceu a partir do momento em que o uruguaio oficializou o seu acordo com o clube da invicta. E é quase certo, também, que foi bem mais fácil perder um treinador conhecido como Sportinguista do que um jogador que dava tudo em campo e que sempre declarou amar o clube da luz.
Mas, no fundo, quem quase amou nunca chegou a amar, e Maxi acabou mesmo por deixar o Benfica. Foi para o Porto com a ambição clara de se tornar campeão nacional. Cedo se afirmou como um titular indiscutível e um dos mais queridos no plantel ainda então de Lopetegui. Aliás, o treinador espanhol elogiou muitas vezes o lateral. Prática que raramente assistimos por parte do ex-treinador portista.
Porém, cedo se percebeu que o clube azul e branco teria pouco a dizer na disputa deste campeonato. Ainda chegou à liderança, mas perdeu-a logo na deslocação a Alvalade. O Porto foi perdendo pontos atrás de pontos e hoje está já a 9 do primeiro lugar Benfica. E se o primeiro lugar parece missão impossível, o segundo não fica longe, pois são sete os pontos que separam os dragões do segundo classificado Sporting.
E agora Maxi? Valeu a pena? O Porto está na final da taça de Portugal é certo, mas, depois do investimento que foi feito, pedia-se mais. O lateral uruguaio continua a ser um daqueles jogadores imprescindíveis, é certo, porém os feitos coletivos que tanto desejava dificilmente serão alcançados.
Outrora amado no Benfica, é agora assunto esquecido no clube da Luz, e parte de um grande apático que não favorece as suas ambições. Se ainda está a tempo ou não de ser campeão pelo clube portista? Provavelmente sim, mas não esta época. Para já, os adeptos do Benfica têm o gosto de ver um dos mal amados a não triunfar desportivamente num clube rival.