Poucos minutos depois de saber da sofrida vitória do rival em Coimbra, o Sporting entrou em campo sabendo que não tinha margem de erro, sob pena de ver fugir o mais directo adversário na luta pelo título. Para a recepção ao Marítimo, o técnico Jorge Jesus apenas trocou Adrien (castigado) por Aquilani, isto relativamente ao onze que entrara na vitória diante do Belenenses. Já o Marítimo somava a ausência por castigo do seu melhor marcador Dyego Sousa a um episódio disciplinar ocorrido em vésperas da viagem a Alvalade, e que custou a ausência de alguns jogadores.

Lume brando e aquecimento final

Apesar de estar obrigado a vencer, o Sporting começou a partida numa toada morna e lenta, ao contrário do que aconteceu na jornada anterior em Belém. Perante esse ritmo baixo, os maritimistas tinham mais tempo para pressionar, obrigado os leões a algumas perdas de bola ou lançamentos longos para a frente. Contudo era a equipa da casa quem mandava na partida; aos 14 minutos, Bryan Ruiz teve o golo na cabeça, mas a bola saiu ao lado. Pouco depois foi Slimani que, após boa recepção, não consegui dar o melhor seguimento ao lance quando já estava na cara de Salin. Pelo meio surgiu ainda o remate de Éber Bessa, já dentro da área leonina, mas que saiu por cima.

A pouca intensidade do jogo verde-e-branco começava a impacientar os adeptos leoninos, contudo, e quando se adivinhava um nulo ao intervalo, o Sporting chegou ao golo; 41 minutos e um remate de fora da área de Teo Gutierrez sofre um desvio num adversário, traindo Salin e fazendo o primeiro da partida.

Resolver e repetir

No segundo tempo os leões entraram com outra atitude. Tal terá sido o puxão de orelhas de Jesus no balenário que os verde-e-brancos marcaram com apenas cinco minutos jogados na etapa complementar; após jogada de envolvimento, um primeiro remate de João Mário é defendido por Salin, permitindo que William tentasse a sua sorte na recarga com um remate cruzado fulminante, desta vez sem hipóteses de defesa.

O segundo golo permitiu ao Sporting respirar melhor, acalmando o seu jogo e promovendo maior circulação de bola; do outro lado o Marítimo mostrava-se bem mais inofensivo do que na primeira parte, não mostrando argumentos para ameaçar as redes de Patrício. Assim, e sem muita surpresa, Alvalade voltou a festejar um golo; 76 minutos e de novo João Mário na jogada, o primeiro remate do médio acaba por sobrar para Slimani que, com toda a facilidade, empurrou para o 3-0.

O clima em Alvalade era de festa completa, tendo mesmo havido lugar à famosa hola mexicana, um espectáculo que os jogadores do Sporting talvez tenham parado para assistir quando o Marítimo fez o seu tento de honra; 81 minutos e Ghazaryan, isolado na cara de Patrício, fez o golo dos madeirenses. Tal como acontecera diante do Belenenses, o Sporting desconcentrou-se depois de matar o jogo, permitindo um golo ao adversário.

Com este triunfo o Sporting mantém a distância e a pressão sobre o líder Benfica, já o Marítimo arrisca-se a cair alguns lugares na tabela, dependendo dos resultados dos adversários directos nesta jornada.