Um bis notável de Antoine Griezmann ajudou o Atlético de Madrid a eliminar o Barcelona, detentor da Champions League, nos quartos-de-final, algo que aconteceu pela segunda vez nas últimas três épocas.

“Estou muito orgulhoso desta equipa”, disse os francês após o apito final. “Defrontámos uma das melhores formações do Mundo e jogámos olhos-nos-olhos. Foi dessa forma que chegámos às meias-finais”, continuou. “É natural ter dificuldades quando se defronta o Barcelona, mas estivemos muito bem na defesa e pressionantes no ataque. Toda a equipa realizou um esforço enorme.” O bis de Griezmann significa que marcou cinco golos nesta edição da competição e dez nos últimos dez jogos realizados em todas as competições.

Mas a sua exibição foi muito mais do que isso. Recuou várias vezes para ajudar a defender, o primeiro golo revelou toda a sua técnica no jogo aéreo e mostrou uma calma gélida para sentenciar a partida à beira do fim, na marcação de uma grande penalidade. “Ele é absolutamente fundamental”, disse o colega Filipe Luís. “Ele joga para a equipa e não para si, por isso é que é um grande jogador, para quem não há limites”. Entretanto, o avançado gaulês foi célere em agradecer aos adeptos do Calderón, que ajudaram a manter a reputação do estádio como um dos mais complicados do futebol europeu, com apenas duas derrotas nos últimos 29 jogos em provas da UEFA. “Este jogo foi para os adeptos”, disse. “Eles impulsionam-nos sempre e ajudam a que protagonizemos exibições como esta.”

E em relação à próxima fase? Os “colchoneros” estão perto do seu primeiro título europeu, mas Griezmann não se deixa levar pela euforia e partilha da filosofia preconizada por Diego Simeone, e que ajudou a equipa a chegar onde está: “Como o nosso treinador diz: vamos pensar jogo-a-jogo.”