Pressionado pela vitória caseira do rival Sporting, o Benfica visita hoje Vila do Conde com a obrigação de ultrapassar a dureza do teste dos Arcos, um reduto difícil onde os pupilos de Rui Vitória não poderão tropeçar caso queiram manter intacto o primeiro lugar na tabela classificativa. A quatro jogos do fim da Liga, os encarnados medirão forças com um Rio Ave desejoso da Europa, que se encontra actualmente na sexta posição, a 3 pontos do indómito Arouca. Com uma prova de fogo pela frente, o Benfica joga a liderança da Liga antes do rival lisboeta visitar o Dragão.

Memória recente dá alento ao Rio Ave

Na antevisão desta partida, a recente memória conta-nos o triunfo do Rio Ave por 2-1 frente a um Benfica que marchava rumo ao bicampeonato: na temporada 2014/2015, Salvio inaugurou o marcador mas os tentos de Ukra e Del Valle (este último aos 90+5 minutos) desfizeram a vantagem encarnada, à passagem da jornada 26. Ainda assim, no historial das deslocações do Benfica ao reduto do Rio Ave (para o campeonato nacional), as Águias gozam de superioridade significativa: neste milénio, apenas se registam dois triunfos vilacondenses, com uma década de distância entre eles.

Benfica: pressionado mas de vitória em vitória

Pressionado mas também munido de uma confiança alicerçada na senda vitoriosa (que se estende já a oito vitórias consecutivas na Liga), o Benfica visita o Estádio dos Arcos com a liderança em perigo, devido à vitória do Sporting em Alvalade, perante o União da Madeira. Para voltar a liderar, os encarnados terão que vencer o Rio Ave de Pedro Martins, equipa que busca pontos rumo ao objectivo europeu. De ressalvar que, em jogos fora na Liga, o Benfica não é derrotado desde a deslocação ao Dragão (a 20 de Setembro), e não cede qualquer ponto desde o empate na Madeira (15 de Dezembro).

Jonas & Mitroglou são temor...mas atenção às faixas ameaçadoras do Rio Ave

Para esta partida, Rui Vitória deverá colocar em campo o onze habitual, com o regresso de André Almeida à titularidade (no lado direito da defesa) e um meio-campo constituído por Fejsa, Renato Sanches, Gaitán e Pizzi (que, apesar da má exibição diante do Vitória FC, deverá merecer novamente a confiança do técnico da Luz). No ataque, a dupla mortífera Jonas-Mitroglou será a grande arma das Águias - o goleador brasileiro tem 31 tentos, enquanto o ponta-de-lança grego já apontou 19 golos em 2015/2016.

Do lado do Rio Ave, as ameaças naturais surgem do talento técnico do extremo Ukra, da batuta organizacional do médio central Tarantini, do faro de golo dos extremamente móveis Héldon e Kuca e da versatilidade do lateral Edimar, que acrescenta ímpeto ao ataque vilacondense. Com o principal perigo a surgir das faixas, o Rio Ave tentará explorar as debilidades tácticas de Eliseu, lateral encarnado que tem deixado os créditos por mãos alheias na hora de defender. Pedro Martins não poderá contar com o central Roderick Miranda nem com João Novais (ambos castigados).

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