No primeiro jogo da época, diante do Benfica para a Supertaça, Jorge Jesus fez alinhar uma defesa composta por João Pereira, Paulo Oliveira, Naldo e Jefferson. Este quarteto foi de facto o mais utilizado ao longo da primeira parte da temporada, cumprindo bem a sua função.

Contudo, as vicissitude da temporada obrigaram Jorge Jesus a ir ao mercado em Janeiro. Desde logo, o técnico leonino focou-se em encontrar alternativas credíveis para as laterais; daí resultaram as contratações de Marvin Zeegelaar e Ezequiel Schelotto. Para além disso, as lesões de Paulo Oliveira e Naldo forçaram a equipa de Alvalade a chamar de volta Rúben Semedo, emprestado ao Vitória de Setúbal, e a contratar Sebastian Coates por empréstimo do Sunderland.

Foto: desporto.sapo.pt
Foto: desporto.sapo.pt

A verdade é que, mais jogo menos jogo, este quarteto começou a afirmar-se no reino do leão. Coates e Rúben Semedo pegaram de estaca e garantiram desde cedo lugar cativo no eixo da defesa. O processo de Schelotto foi mais moroso; com alguns jogos, o italo-argentino começou a dar nas vistas, beneficiando ao mesmo tempo de alguma fadiga de João Pereira. Finalmente Marvin aproveitou a lesão de Jefferson para, depois da experiência de Bruno César enquanto defesa esquerdo, ficar dono da lateral canhota.

Assim, podemos ver que a defesa que começou a época nada tem a ver com a que a vai terminar, excepção feita para o indiscutível Rui Patrício

Foto: abola.pt
Foto: abola.pt

Caso não tivesse sofrido um golo no sábado, os leões teriam assegurado o seu terceiro jogo consecutivo com a baliza inviolada; a verdade é que num verdadeiro teste de fogo no Estádio do Dragão, apenas de grande penalidade a muralha defensiva verde-e-branca foi furada.

É costume dizer que as equipas constroem-se a partir de trás. A construção desta muralha foi feita em tempo record; o frio do Inverno parece a ter tornado ainda mais forte e resistente aos assaltos adversários.