Futebol com pouca posse de bola. Este Atlético provou que é possível vencer possuindo por pouco tempo o esférico. No confronto dos quartos de final com o Barcelona, a equipa teve 32% de posse na primeira mão e na segunda apenas 28%. Percentagens parecidas no embate frente ao Bayern de Munique: no Vicente Calderón teve 31% e no Allianz Arena ficou com a bola 32% do tempo. Mas nas meias finais os Colchoneros correram mais quatro quilómetros que os alemães, 119,748 contra 115,481. Xabi Alonso foi o jogador que mais correu na partida com 12.088 metros, seguido por quatro jogadores visitantes: Koke (12.030), Fernando Torres (12.023), Gabi (12.022) e Saúl (12.016).

A estratégia de Simeone é formar um colectivo unido com as linhas juntas, que aproveitam muito mais o contra-ataque, não aplicando um futebol tão estético como o Barcelona ou o Real. No entanto, esta tática demonstra-se eficaz nos resultados, devido ao meio-campo forte e muito solidário na forma como faz as marcações. 

Enrique Cerezo, presidente do Atlético de Madrid, referiu aos microfones da rádio Marca, órgão de comunicação do jornal espanhol, que está muito feliz, e que acha que o jogo dos madrilenos não é feio. “Já houve muita gente que me felicitou, neste momento mais de metade da Europa é do Atlético. Feio o nosso futebol? É maravilhoso e jogamos para ganhar. Seria incrível terminar a época vencendo a Liga dos Campeões.