Depois do 0-0 em Manchester, o Real Madrid recebeu e venceu o City por uma bola a zero. Com Ronaldo no 11, valeu um auto golo do ex-portista Fernando para decidir uma eliminatória que os blancos superam justamente. Os merengues registaram um festival de golos falhados, terminando o duelo a sofrer. O argentino Aguero ficou a um palmo de apurar o City aos 88 minutos, mas no fim acabou por passar a equipa mais forte e talentosa da meia final. Os astros da Champions terão sotaque de Madrid na aguardada final de Milão, com relevo para o soberbo partidazo entre Real e Atlético. Em 2014 o Estádio da Luz recebeu estas 2 equipas, e 2 anos volvidos o destino voltou a juntar os eternos rivais no jogo mais aguardado do futebol europeu com data marcada para 28 de Maio.

Primeira parte: Auto-golo de Fernando garante vantagem merengue

O ambiente na capital espanhola esteve arrepiante para a escaldante meia final da UEFA Champions League entre Real Madrid e Manchester City. Nas 4 linhas foco para a presença de Isco, Jesé e Cristiano, que juntamente com os madrilenos cantaram o mítico hino da Champions. O City, por sua vez, deixou o criativo David Silva, mas o portentoso médio Yaya Touré regressou depois de falhar a 1ª mão.

A bola que faz sonhar começou a rolar às 19h45 e foi o Real a assumir o comando do jogo, perante uma postura do City um pouco mais expectante. Os madrilistas deram o 1º sinal de perigo através de uma bola parada, mas nem Pepe nem Bale conseguiram dar sequência a um canto muito bem cobrado. Ao minuto 10 o miolo do City, composto por Yaya Touré, Fernando e Fernandinho impuseram o seu físico, o que impediu Modric e Kroos de equilibrar o jogo do Real com o critério habitual (Zidane suspirava nesta fase pelo lesionado Casemiro).

Kompany foi substituição forçada para os ingleses // Foto: mcfc.co.uk
Kompany foi substituição forçada para os ingleses // Foto: mcfc.co.uk

Ainda nesta fase inicial, relevo para a infelicidade de Kompany, que obrigou o técnico dos ingleses a lançar Mangala para o lugar do lesionado belga. Neste período, foco para o 1º lance de Cristiano na partida. O luso subiu mais alto que os centrais e foi de cabeça que levou a bola passar ao lado do alvo. Ao minuto 20 a bola entrou mesmo, mas o lance foi concluído através da infelicidade do ex-Portista Fernando, que colocou a bola na própria baliza, inaugurando o marcador para o Real Madrid. O gaulês Bale construiu toda a jogada, mas o toque final acabou por ser dado pelo jogador brasileiro do City.

Na resposta, Jesus Navas deu um tiro na monotonia, mas o Navas merengue segurou o esférico. Pouco depois, Kroos levantou a bola na marcação de um livre, mas Sérgio Ramos introduziu a bola na baliza em posição irregular, acabando por ser bem anulado. A caminho do intervalo relevo para um Real Madrid experiente que controlou o 1º tempo com muita segurança na posse de bola. Os blancos após o golo adormeceram estrategicamente o duelo, mas bastava acelerar um pouco para que o City tremesse diante astros como Bale ou Cristiano. Em cima do apito para o descanso o City surpreendeu o Real e Fernandinho atirou ao poste, servindo de aviso para Pepe e Sérgio Ramos.

A luta foi intensa, mas o Real foi sempre a melhor equipa // Foto: mcfc.co.uk
A luta foi intensa, mas o Real foi sempre a melhor equipa // Foto: mcfc.co.uk

2ª parte: Ronaldo tentou, mas a vantagem mínima manteve-se

Para a segunda etapa da meia final os treinadores de ambas as equipas não alteraram qualquer unidade, e quando se esperava uma segunda parte ofensiva por parte do Manchester City, eis que o Real dominou por completo.

Nos primeiros 5 minutos os merengues atacaram com 6/7 jogadores de forma avassaladora, com Cristiano Ronaldo e Jesé a ficarem muito perto de ampliar a vantagem. O croata Modric foi, no entanto, o jogador que perdeu a ocasião mais flagrante de todo o segundo tempo: o médio surgiu na cara de Hart, mas na hora de balançar as redes faljou escandalosamente. Ainda no primeiro quarto de hora da segunda etapa nota de destaque para CR7, que ainda assim vacilou novamente na finalização. 

Cristiano esteve em destaque no 2º tempo // Foto: Facebook do Real Madrid
Cristiano esteve em destaque no 2º tempo // Foto: Facebook do Real Madrid

O Manchester City era uma equipa apática com mais de 20 minutos por jogar, sendo incompreensível como, no meio de tantas estrelas, nenhuma teve capacidade para brilhar. Mesmo sem estar a 100% Cristiano Ronaldo voltou a tentar a sorte, mas Joe Hart defendeu de forma extraordinária o tiro do português. A última grande chance para os merengues ampliarem a vantagem esteve na cabeça de Bale, mas a barra revelou-se um obstáculo inesperado para o gaulês. 

À entrada para os últimos 10 minutos da partida relevo para dois lances do Manchester City, que podiam ter mudado o destino da eliminatória. Na cobrança de um livre De Bruyne rematou potente, com a bola a passar caprichosamente ao lado. O segundo lance perigoso do City esteve nos pés de Aguero, com o argentino a rematar de forma incrível muito perto da barra de Navas. Nesta jogada ao minuto 88 os merengues temeram o pior, o que seria irónico, uma vez que tanto no jogo em Inglaterra como neste em Espanha foi o Real a atacar, a dominar, e a mostrar quem foi a melhor equipa. 

Em suma, a final de Lisboa será reeditada em solo italiano, e resta saber se voltará a ser o Real a vencer o Atlético ou se desta vez serão os colchoneros a levantar o troféu mais desejado do futebol europeu. Uma certeza é universal: o espetáculo do melhor futebol do velho continente estará seguramente garantido no dia 28 de maio, com cobertura total em VAVEL Portugal.

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