Foi uma temporada agridoce aquela vivida pelo Sporting em 2015-2016. Os leões somaram 86 pontos no campeonato, recorde máximo da sua história, foi a defesa menos batida com 21 golos, o segundo melhor ataque 79 remates certeiros. Foi a equipa com menos derrotas, apenas duas, União Madeira e Benfica. Curiosamente teve mais vitórias a jogar fora de Alvalade, do que em casa, 13 contra 14. A época começou com a conquista da Supertaça ao rival da segunda circular, por 1-0 e Jorge Jesus a galvanizar os adeptos, com um conjunto de jogadores que haveria de provar ao longo das jornadas, que praticaram o melhor futebol da Liga.

Deixando as polémicas de arbitragem e todo o jogo de bastidores e troca de palavras, que aconteceram fora dos relvados durante a época e falando apenas do que se jogou dentro das quatro linhas, é unânime que os leões praticaram um futebol atractivo. Com as ideias bem delineadas por Jorge Jesus os jogadores conseguiram passar para o terreno aquilo que o técnico, pretendia. O resultado foram vitórias atrás de vitórias com exibições convincentes e que deixavam antever, um futuro promissor.

No segundo derby da temporada o Sporting e Jorge Jesus regressavam à Luz e a resposta não podia ter sido mais concludente. Com meia hora de encontro a turma de Alvalade tinha resolvido a questão do vencedor, marcando três golos sem resposta. Seguiu-se um novo confronto na Taça de Portugal, mas desta vez em território verde e branco, mas o mesmo desfecho triunfo leonino por 2-1 após prolongamento.

Leões venceram 5 dos 6 jogos entre os grandes (Foto: maisfutebol.iol.pt)

Nos clássicos com o FC Porto, a superioridade do Sporting também foi por demais evidente. 2-0 e 1-3 com exibições categóricas e o placar até ser lisonjeiro face às ocasiões de golo criadas, principalmente no jogo do Dragão. Frente ao Sporting Braga disputaram das partidas mais emocionantes, e de melhor espectáculo de toda a temporada. Para o campeonato, uma reviravolta de 0-2 ao intervalo para 3-2, porém os minhotos iriam ter a sua «vingança» na Taça de Portugal ao vencerem por 4-3, depois do prolongamento.

O problema do Sporting foram mesmo os empates principalmente em Alvalade, que comprometeram de forma fatal a conquista do título. Paços Ferreira, Tondela e Rio Ave foram os autores da proeza, aos quais se juntou a derrota com o Benfica, que deu a liderança aos encarnados até ao fim do campeonato. Fora de casa as igualdades em Guimarães e com o Boavista, aliada à derrota surpreendente com o União Madeira.

A nível europeu as coisas também não correram pelo melhor ao Sporting, mas aqui por opção de Jorge Jesus que desde cedo deu total prioridade ao campeonato. Ainda assim o afastamento da Liga dos Campeões no polémico playoff com CSKA Moscovo, atirou os leões para a Liga Europa onde de forma in extremis conseguiram passar a fase de grupos, no segundo lugar. No entanto logo nos oitavos-de-final, a formação leonina seria afastada pelo Bayer Leverkusen.

No campeonato foi uma luta até final onde o Sporting correu atrás do prejuizo, cumprindo a sua parte e ganhando os seus encontros com excelentes exibições que encheram os estádios de todo o país, principalmente Alvalade que registou a melhor média de adeptos desde a sua existência, 40 mil. Fica a convicção de que para o ano, mantendo Jorge Jesus no comando, bem como um núcleo principal de jogadores e o reforço do plantel com jogadores para posições específicas, os leões voltaram a ter tudo para lutar pelo título e quem sabe conquistá-lo.

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