À mesma hora, dois jogos decidiam o Grupo B do Euro 2016 - Inglaterra - Eslováquia e Rússia - País de Gales ditavam o apuramento de pelo menos duas selecções, três caso se confirme o apuramento do terceiro colocado como um dos quatro conjuntos.

O grande interesse remetia-se à capacidade da Rússia para fazer face ao último lugar, o que significaria a eliminação imediata da prova. Isto seria um enorme retrocesso para uma selecção bem composta de valores, com experiência no futebol internacional ou com jogadores em bom momento de carreira como o atacante Aleksander Kokorin - atleta contratualmente ligado ao Zenit, novamente titular no decisivo encontro ante a equipa galesa tal como nas duas primeiras partidas.

Surpreendentes, Eslováquia e País de Gales confirmaram as boas indicações deixadas nos anteriores jogos

Apesar da colocação de unidades ofensivas por parte dos russos, obrigados a ganhar para seguir em frente, quem entrou melhor foi o País de Gales com o golo inaugural logo aos 10 minutos. O tento foi obtido através de uma excelente abertura de Joe Allen para o surgimento de Aaron Ramsey, entrado a partir de trás para enganar o guarda-redes Igor Akinfeev… e deixar em receio as figuras públicas mundiais. Voltará a famosa "Maldição de Ramsey’’?

Ramsey inaugurou o marcador, atribuindo um novo rumo à partida
Ramsey inaugurou o marcador, atribuindo um novo rumo à partida

Em simultâneo, nos primeiros 20 minutos do Inglaterra - Eslováquia o resultado mantinha-se inalterado, situação que não surpreendia face à qualidade defensiva demonstrada pela equipa eslovaca nos dois primeiros encontros (em especial o segundo no qual bateram a Rússia, revelando interessantes valores como o lateral direito Peter Pekarik, atleta de 29 anos que compete na Bundesliga ao serviço do Hertha de Berlim).

Por seu turno, aos 19' o País de Gales colocava a nu as grandes limitações do processo defensivo russo com uma inteligente subida do lateral esquerdo Neil Taylor para terrenos mais adiantados, de forma a conseguir, com uma intervenção de Akinfeev pelo meio, estabelecer o 2-0 favorável aos galeses. Estes chegavam ao intervalo impressionando, com cerca de uma dezena de remates à baliza dos russos, bem distantes da solidez que os levou a qualificarem-se para o certame como segundos classificados do seu agrupamento.

Galeses criaram espaços na defesa russa e garantiram uma inesperada conquista do grupo

Também ao intervalo o nulo mantinha-se no confronto entre ingleses e eslovacos, o que não fazia jus ao favoritismo que era atribuído ao conjunto dos Três Leões. Este é provavelmente o destaque maior da fase de qualificação para este Europeu, com uma folha limpa em termos de resultados, enquanto os seus vizinhos galeses somavam e seguiam com o 3-0 produzido aos 66 minutos com um notável passe de Ramsey a rasgar a defesa russa e a lançar Gareth Bale, também ele partido de trás e assim completamente em jogo, para apontar um golo tão bem gizado quanto legal.

Mantinha-se, e confirmava-se até final, o descalabro russo muito devido a uma defesa em ruínas - falta, por exemplo, um lateral esquerdo ao nível do que nos últimos anos o experiente Yuri Zhirkov era capaz de produzir, sendo que o actual dono do lugar, Dmitry Kombarov, se encontra uns bons furos abaixo do seu antecessor. Isto ainda com o problema acrescido de o melhor homem em campo, Ramsey, ter por variadas ocasiões descaído para a sua zona.

No restante encontro, Inglaterra e Eslováquia mantinham o nulo, o que garantiu um surpreendente 1º lugar a Gales neste Grupo B e a garantia de que a popular expressão ‘3 pontos para o País de Gales’ caiu em desuso. É que no Euro 2016 os pontos foram 6...

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