É sem dúvida o grande outsider das meias-finais do Euro 2016. O País de Gales surpreendeu o mundo do futebol, ao derrotar de forma concludente a Bélgica por 3-1, nos quartos-de-final. Mas não se pense que esta formação britânica é adepta do «pontapé para a frente, e seja o que Bale quiser», pelo contrário apresentam um rigor táctico baseado nos aspectos defensivos e também no poderio físico dos seus jogadores.

O seleccionador Chris Coleman escolheu o 3-5-2 como esquema a utilizar e diga-se, que tem colhido os seus frutos até ao momento, tendo sofrido apenas uma derrota frente à Inglaterra já nos descontos. Os três centrais James Chester, Ben Davies e Ashley Williams são autênticas «torres e carros de combate», fortes nos jogo aéreo, quer em bolas paradas defensivas, mas principalmente nos lances de ataque.

Prova disso o golo apontado pelo capitão Ashley Williams, que deu o empate frente à Bélgica na sequência de um pontapé de canto. Depois Chris Gunter e Neil Taylor ocupam as laterais, e só param de correr quando o árbitro apita. O trio do meio campo composto pelos Joe's, Allen e Ledley e Aaron Ramsey, o elemento mais criativo e que faz a ligação ao duo da frente, formado por Robson-Kanu e pela estrela desta equipa, Gareth Bale.

Esta é uma selecção que em missões defensivas faz marcação à zona, o que proporciona espaço entre as linhas. Os dois homens da frente são os primeiros a defender, e o seu 3-5-2 muda para um 5-3-2. Para o jogo com Portugal o técnico galês vai ter dois problemas para resolver no seu onze base, já que Ben Davies e Aaron Ramsey, vão ficar de fora por terem visto o cartão amarelo no encontro com os belgas.