Um verdadeiro duelo de titãs que ficou marcado por uma vitória cheia do Benfica: é assim que se pode descrever a partida desta noite. O Estádio Municipal de Aveiro encheu-se de vermelho para receber o vencedor do Campeonato e da Taça de Portugal, e numa vantagem demasiado recheada face ao que se passou, as águias trouxeram mesmo o troféu para Lisboa, e começam a época em grande.

Primeira parte: Benfica adianta-se cedo

Desde cedo que o jogo se mostrou com uma intensidade digna de uma Taça, com ambas as equipas a demonstrarem que o objetivo era levar o troféu para casa. Nos minutos iniciais o equilíbrio foi visível, mas com a passagem do minuto 5 o Benfica começou a dar sinais de superioridade. As jogadas ofensivas e presença no meio-campo bracarense eram constantes, pelo que foi sem surpresa que ao minuto 10 o marcador mexeu pela primeira vez, numa belíssima jogada de Cervi. A estreia do jovem do Benfica não podia ter sido melhor, com o jogador a aproveitar uma abertura e finalizar de forma extraordinária, num movimento que deixaria o ex-Benfica Nico Gaitán orgulhoso. 

Com nomes como Jonas e Mitroglou mais desaparecidos, mas com Grimaldo e Cervi em destaque, o Benfica continuou com as suas incursões para procurar uma vantagem mais sólida que lhe permitisse aliviar a pressão. Cervi, Semedo e André Horta tentaram a sua sorte, mas o golo não chegava. O jogo foi do Benfica por completo até ao minuto 20, mas eis que as águias começaram a aliviar o pressão sem a segurança que o 2-0 ofereceria. Júlio César viu a sua vida dificultada e foi obrigado a defesas de excelência, com Pedro Santos a ser um autêntico endiabrado na procura do empate. Destaque para Rafa que, aos 34', só não marcou porque não quis: Pedro Tiba deu a bola ao companheiro que falhou a dominar a bola e perdeu uma oportunidade flagrante, provando que não estava nos seus dias.

O Braga esteve muito perto do empate // Foto: Facebook do SC Braga
O Braga esteve muito perto do empate // Foto: Facebook do SC Braga

O português campeão europeu voltou a dar provas disso ao minuto 37, quando falhou redondamente um passe de Pedro Santos que teria oferecido um golo extraordinário aos bracarenses. O Benfica estava completamente confinado ao seu último reduto, enquanto que o Braga, sem sucesso, continuou à procura do empate. O intervalo acabou mesmo por chegar e, enquanto que o resultado mais justo seria o empate a 1, o Benfica ia para os balneários com a vantagem conseguida, e com uns primeiros 20 minutos de futebol muito bem praticado.

Segunda parte: Pizzi não perdoa

Esperava-se um Benfica a lutar novamente pelo 2-0, mas a verdade é que o jogo seguiu a corrente deixada pelo Braga no final da 1ª parte. Foi logo ao minuto 46 que Rafa esteve mais uma vez pertíssimo do golo, valendo um grande corte de Luisão a impedir o empate. O Braga dominou nos primeiros 10 minutos, mas aos poucos o Benfica foi acordando e equilibrando as hostes. Destaque para Jonas e Cervi, que ao minuto 56 podiam ter ampliado a vantagem, não fosse André Pinto. 10 minutos depois, contudo, o Benfica quase tremeu de susto: Rafa recebeu a bola e rumou à área com muito perigo, valendo mais uma vez Júlio César a defender. Ao minuto 69 o português voltou a ficar mal na fotografia, ao desperdiçar uma jogada que poderia perfeitamente ter acabado no primeiro golo dos bracarenses.

Rafa não esteve no seu melhor // Foto: Facebook do SC Braga
Rafa não esteve no seu melhor // Foto: Facebook do SC Braga

Quando tudo parecia indicar que o Braga iria empatar a partida, eis que Pizzi e Jonas decidem acordar e virar tudo do avesso: jogava-se o minuto 75 quando Pizzi, que não estava, até ao momento, nos seus melhores dias, fez um passe brilhante para Jonas, que finalmente arranjou oportunidade para finalizar. O 2-0 estava garantido, e Vitória fez entrar Samaris e sair Jonas, para garantir que o resultado não se alteraria. Como seria de esperar o Benfica desceu um pouco as linhas e o Braga voltou a atacar em força, mas a finalização estava longe de chegar.

De facto foi mesmo o Benfica que, já na compensação, se fez valer das suas incursões ofensivas e aumentou de novo o marcador. Desta feita o mérito foi de Pizzi, que voltou a estar impecável: Salvio começou a jogada e deixou a bola para Jiménez, que falhou a sua oportunidade, e a bola foi até Pizzi que, sem hesitações, fez um remate de primeira e fixou o resultado no 3-o. Foi assim mesmo que a partida terminou, conquistando o Benfica o primeiro troféu da época, que na temporada transata lhe escapou.  

O Benfica celebrou a conquista do troféu // Foto: slbenfica.pt
O Benfica celebrou a conquista do troféu // Foto: slbenfica.pt