Pizzi continua a faturar no Benfica e a ser decisivo para a equipa tricampeã. Na partida frente ao Desportivo de Chaves foi preponderante, marcando o segundo e decisivo golo na vitória 0-2. Nas oito partidas oficiais disputadas na nova época (seis vitórias e dois empates), o extremo foi um fator-chave, tendo anotado três golos e realizado três assistências. No total, pelos lisboetas, marcou 11 golos em 74 partidas.

Sobre o jogo com o Chaves, o jogador refere que foi uma partida dura. “Foi um jogo complicado desde o primeiro momento, contra uma equipa difícil e bem organizada. Conseguimos três pontos num campo difícil e é continuar a trabalhar para estar melhor no próximo jogo.” E também falou nos maus primeiros 45 minutos da equipa: “Tentámos ter a bola, tentámos entrar numa defesa bem organizada e bem fechada como era a do Chaves. Eles estavam a tentar sair no contra-ataque e a verdade é que estavam a conseguir e a criar-nos dificuldades, mas soubemos sofrer, soubemos ter cabeça fria e, na segunda parte, conseguimos matar o jogo e sairmos daqui com os três pontos, que era o que nós queríamos.”

Já se fala de uma renovação de contrato com o médio. Recorde-se que o internacional português é um dos jogadores mais caros da História do Benfica - Pizzi custou um total de 14 milhões de euros para ficar a 100% no clube da Luz. A prolongação do contrato do jogador faz parte do plano dos encarnados para manter os jogadores no plantel. A confirmar-se, o médio vai receber um aumento salarial e ganhar mais estatuto dentro da equipa.

O treinador João Eusébio, que lançou Pizzi no Bragança, não hesita em catalogar o versátil centro-campista como indispensável da dinâmica do tricampeão nacional. “É um jogador de certo modo insatisfeito, porque dá o máximo, com paixão. Dá tudo e, por vezes, com um critério menos bom num ou noutro lance, devido à impetuosidade que tem. Pese embora seja obrigatório dizer que ele tem um critério de jogo acima da média. Consegue ter uma leitura inteligente e criativa, de tal forma que é um jogador imprescindível na mecânica do Benfica” afirma, em declarações à Bola Branca, programa da Rádio Renascença.

Importante ainda referir que, com esta vitória, o Benfica iguala o registo obtido pelo britânico Jimmy Hagan, entre abril de 1972 e fevereiro de 1973, de 15 vitórias consecutivas fora da Luz, para o Campeonato. Os encarnados são também a única equipa sem derrotas na presente edição da I Liga, uma vez que o Desportivo de Chaves ainda não tinha perdido.