O Benfica deslocou-se, esta quarta-feira, a Itália, para defrontar o Nápoles, num jogo a contar para a segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, acabando por sofrer um resultado pesado e que penaliza, sem dó nem piedade, oito minutos de desatenção e alguma confusão da parte de Júlio César.

A turma da Luz até começou bem a partida, com duas boas oportunidades para Mitroglou finalizar (aos 6' e aos 10'), mas o avançado grego não conseguiu bater Pepe Reina em nenhum dos lances e o Nápoles aproveitou para se encarregar da tarefa de abrir o marcador.

Deste modo, o primeiro golo da noite surgiu aos 20', com Hamsik a corresponder da melhor forma a um canto marcado do lado direito, antecipando-se a Fejsa e aparecendo ao primeiro poste para cabecear para o fundo das redes da equipa portuguesa, sem hipóteses para Júlio César.

Apesar do bom início, as «águias» foram incapazes de dar uma resposta eficaz ao golo sofrido e o jogo caminhou para o descanso com uma vantagem mínima para os italianos.

Oito minutos, três golos sofridos

Se no lance do primeiro golo não faz sentido associar culpa ao guardião dos encarnados, na segunda parte a história foi um pouco diferente. Numa fase em que Rui Vitória parece indeciso entre o brasileiro e Ederson, o experiente guarda-redes de 37 anos comprometeu e acabou por estar envolvido nos lances dos três próximos golos. 

Aos 51 minutos, Mertens fez o segundo tento da partida, num livre que, embora de belo efeito, deixou a ideia de que poderia ter estado ao alcance do guardião, caso este se tivesse apercebido da trajetória da bola e, consequentemente, movido na sua direção atempadamente - algo que, estranhamente, não aconteceu.

No lance do terceiro golo, o brasileiro saiu de forma claramente imprudente e precipitada aos pés de Callejón, comentendo uma falta que daria direito a cartão amarelo e a uma consequente grande penalidade, que, de resto, Milik marcou sem problemas.

No quarto golo, passados 4 minutos, - e já depois de dois lances em que havia ficado, inevitavelmente, mal na fotografia -, Júlio César voltou a cometer um erro crasso, saindo mal dos postes após um cruzamento vindo do lado direito e acabando por oferecer o 4-0 à equipa da casa, com Mertens a aproveitar para encostar e bisar na partida.

Salvio e Guedes evitaram o pior

A partir deste momento, o Benfica estava numa situação ainda mais frágil e via-se forçado a reagir, sob pena de poder sair de Itália com um resultado impressionantemente avultado.

Com esse objetivo, Rui Vitória - que há havia lançado Salvio aos 56' - mexeu novamente na equipa e colocou Guedes em campo (aos 67 minutos), duas apostas que se revelaram positivas, com ambos os jogadores a reduzirem o marcador, aos 70' e 86': o primeiro golo, por intermédio do português, depois de um mau passe atrasado dos Gli Azzurri, que o isolou, e o segundo desencadeado por um excelente passe de André Almeida para dentro da área, ao qual Toto Salvio respondeu com uma receção orientada e posterior finalização.

Deste jogo, fica ainda uma nota para a lesão de Raúl Albiol, aos 11 minutos de jogo, e para a utilização do avançado de 17 anos José Gomes (Benfica), que teve assim a sua estreia na prova milionária.

Feitas as contas, o Benfica segue em último lugar do grupo B, com apenas 1 ponto (os mesmos que o Dínamo de Kiev) e continua a sofrer golos de bolas paradas, aumentando a estatística para 7, num total de 9 sofridos.

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