A discusão em torno da carência de um avançado para a selecção parece ter chegado ao fim: André Silva é o presente e o futuro, um jogador jovem, inteligente e com instinto invulgar para a finalização. O entendimento com Cristiano foi perfeito, com nota de destaque para a complementaridade das características da nova dupla de artilheiros das quinas. A mobilidade de André ofereceu margem de manobra a CR7, e o espaço entre os defesas de Andorra e das Ilhas Faroé surgiram naturalmente. Em 2 jogos, Portugal contabilizou 12 golos, 9 dos quais foram da autoria da nova sociedade lusa: Cristiano e André.

Na primeira partida, Ronaldo fez 4 tentos e André 1, mas no segundo duelo o mini dragão explodiu e fez 3 golos, e Cristiano apenas 1. Os adversários não eram de alto nível, mas neste sistema de 4-4-2 nunca Portugal havia registado uma dupla tão concretizadora. À imagem do que acontece no Real Madrid, Cristiano conta agora na Selecção com um avançado puro ao seu lado, o que lhe permite ter maior liberdade e imprevisibilidade na forma como foge aos defesas e como faz o gosto ao pé. Para o Mundial 2018, a dupla na frente de ataque está encontrada, restando apenas aguardar para que Fernando Santos volte a prever uma longa estadia lusa na Rússia, como felizmente acertou no Euro de França.