Na noite da prova rainha do futebol luso, o Praiense gelou Alvalade ao minuto 2 com um golo espantoso, mas no final de contas emergiu a lei do mais forte. Os leões Paulo Oliveira, Adrien, Bruno César e André (2) deram a volta ao marcador e fixaram o resultado em 5-1. Os verde e brancos estão na próxima fase da Taça de Portugal, mas o Praiense foi um digno adversário.

Primeira parte: surpresa inicial do Praiense

Em Alvalade, o gigante Sporting recebeu o modesto Praiense para mais um belíssimo duelo referente à Taça de Portugal. Os leões entraram em campo com um 11 inicial alternativo, com foco para as inclusões de Beto, Esgaio, Douglas, Paulo Oliveira, Jefferson, Elias, Matheus Pereira, Alan Ruiz e Castaignos.

Com o esférico a rolar, os felinos assumiram, naturalmente, as rédias do duelo perante um Praiense fechado a sete chaves com um bloco baixo. A verdade é que foi o Praiense a partir para o contra golpe, inaugurando o marcador contra todas as expectativas. O avançado Filipe Andrade ganhou espaço e fabricou um verdadeiro golaço ao minuto 2.

O Sporting respondeu pouco depois, com foco para uma grande parada do guardião do Praiense, que negou o tento a Bruno César. O holandês Castaignos tentou também igualar o score, mas o guardião contrário voltou a defender com muita qualidade. Ao quarto de hora Bruno César atirou forte, mas o guarda redes do Praiense impediu o golo uma vez mais. O pressing leonino acentuava-se, mas Alan Ruíz teve pontaria a mais, levando o esférico a embater no poste.

Ao minuto 20 o leão chegou à igualdade por intermédio de Paulo Oliveira. O central subiu mais alto que a defesa contrária, beneficiando de um canto bem cobrado por Jefferson. O Sporting não tirou o pé do acelarador e as fragilidades do Praiense começavam a evidenciar-se. Antes da meia hora o árbitro do duelo invalidou um golo a Matheus, mas os leões não pararam de procurar o golo. Nos 10 minutos finais do 1º tempo, o Praiense fechou ainda mais a sua baliza e faltou maior determinação ao ataque da equipa de Jesus.

Segunda parte: o regresso do capitão e o samba dos leões

Ao intervalo o empate a uma bola era enganador, mas o Praiense teve mérito pelo tento marcado. O Sporting ficou perto da vantagem variadíssimas vezes, mas faltou claramente maior objectividade à dupla ofensiva composta por Alan e Castaignos. Os técnicos não mexeram nas equipas e nas 4 linhas o Sporting assumiu o controlo de jogo desde o primeiro minuto.

Numa jogada veloz, Bruno César foi travado na grande área e o leão beneficiou de uma grande penalidade. Na conversão, Adrien não vacilou e virou o marcador logo a abrir a segunda metade do encontro. O capitão voltou aos golos e o Praiense sofreu um duro golpe depois do bom rendimento da primeira parte. Na cara do golo Castaignos falhou escandalosamente, perdendo uma ocasião soberana para ampliar a vantagem. O Praiense perdeu fulgor e o Sporting não parou de rugir. Ao minuto 63, Adrien subiu no terreno e serviu Bruno César para colorir o marcador para 3-1. Este tento fez o Praiense morrer na praia e restava apenas descobrir quantos golos os verde e brancos marcariam.

Ao minuto 78, André foi lançado por Jesus, e em apenas 1 minuto o brasileiro fez o gosto ao pé, depois de um passe letal de Bruno César. Os 2 leões voltariam a fabricar o 5-1 final perto do fim, num lance semelhante ao quarto festejo. O dianteiro André foi talismã e bisou no duelo que o Sporting complicou no primeiro tempo. Os leões demoraram a rugir, mas soltaram a juba a tempo de carimbar o passaporte para a próxima fase da Taça de Portugal. O Praiense merece todos os elogios e fica o registo para um belíssimo guarda redes, uma incrível atitude e, obviamente, para o golo soberbo que inaugurou o score em Alvalade.