Após um invulgar e agridoce empate na Turquia, o Benfica tinha logo em seguida a melhor terapia de recuperação. Um desafio em sua casa perante um Moreirense em remodelação e orientado de forma interina pelo seu preparador físico parecia diminuir as hipóteses de uma equipa que, de qualquer forma, tinha bem ciente de que as suas possibilidades eram já diminutas perante um líder da Liga NOS altamente inspirado no seu ataque de há algumas semanas a esta parte.

O momento de inspiração da frente ofensiva benfiquista era bem visível e transcendia os excelentes resultados conseguidos por um sector no qual retirando Franco Cervi e juntando-lhe Jonas (lesionado) e Nico Gaitán (transferido) o ponto alto foi mesmo lograr os quartos-de-final da Champions. Como tal, a grande questão apontava para a eventual capacidade do Moreirense em resistir ao poderio atacante encarnado e, caso não o conseguisse, quanto tempo duraria a persistência dos minhotos.

Pizzi fez a diferença

Pois bem, a firme segurança defensiva do visitante de Moreira de Cónegos durou 32 minutos; pouco depois, a partir da esquerda, Cervi deambulou em diagonal para o centro, promovendo um passe para a subida do recém-entrado André Almeida. À entrada da área, Pizzi teve tempo para preparar e depois atirar rasteiro enganando mesmo o guardião Giorgi Makaridze que se estirou mesmo para o lado contrário relativamente ao local em que o remate haveria mesmo de entrar.

Titularidade de Jiménez titular e a marcar

A partir daí, a história apenas revelou uma completa e absoluta superioridade ao nível territorial e estatístico, e no avolumar do resultado que teria efeitos aos 58 minutos, altura em que Salvio irrompeu desde a direita até ao centro para efectuar uma abertura para a meia esquerda onde, já no interior da área, Pizzi atiraria a contar com um remate rasteiro e cruzado. Rui Vitória escolheu fazer alinhar o mexicano Raúl Jimenez na frente de ataque, em detrimento de Kostas Mitroglou.

Chamado desta feita à titularidade para fechar o ataque (Mitroglou não sairia do banco de suplentes), Raúl não enjeitaria a oportunidade ao apontar o 3-0 final à passagem do minuto 88; bem colocado para fazer a recarga após uma primeira tentativa de corte por parte de André Micael, capitão de uma equipa cónega que uma vez mais não foi capaz de tirar proveito do futebol de risco da equipa favorita tal como não o conseguiu na temporada transacta, na qual foi derrotada pelas águias nas três ocasiões em que ambas as equipas se confrontaram.