Com o símbolo da Chapecoense nas camisolas, o Sporting CP prestou uma belíssima homenagem ao clube brasileiro, com as claques verde e brancas a entoarem cânticos do emblema que perdeu quase toda a sua estrutura na tragédia de terça-feira.

Na partida da jornada 12 os leões entraram a todo o gás e desenharam o marcador ainda na primeira parte por intermédio de William e Bruno César. Os sportinguistas introduziram a bola na baliza do Vitória por 2 vezes, mas o juiz da partida invalidou os tentos injustamente. Os verde e brancos estão agora a 2 pontos do Benfica em vésperas de visitarem o Estádio da Luz na próxima ronda.

Primeira parte: entrada de leão, William e emoção

A noite na capital lusa trouxe chuva e frio, mas a temperatura em Alvalade aumentou para receber o Sporting x Vitória. Os leões procuravam aproveitar o deslize do Benfica na Madeira e o Setúbal viajou até Lisboa para voltar a tirar pontos a um candidato ao título. O técnico Jorge Jesus voltou a apostar nas principais armas do plantel, saltando à vista a titularidade de Bruno César e Bryan Ruiz. Os felinos apresentaram alguma ansiedade inicial, mas tomaram conta das operações desde o primeiro minuto.

Aos 30 segundos, Gelson subiu como uma flecha e serviu Dost, mas o holandês viu Bruno Varela negar-lhe o festejo. Ainda nos instantes iniciais, Gelson voltou a fazer das suas e adornou a bola para Adrien rematar para grande parada de Bruno Varela. Na sequência do canto, William subiu mais alto que os sadinos e inaugurou o marcador ao minuto 6. O ritmo de jogo sportinguista abafou completamente o Vitória neste período, com especial relevo para o talento e a velocidade de Gelson Martins.

Ao minuto 14 Bas Dost ficou perto de aumentar o activo, dando sequência a uma jogada colectiva com nota artística. A intensidade de jogo leonina não baixou e o Vitória limitou-se a defender. A partir da meia hora o Sporting reduziu um pouco o ritmo, mas manteve um domínio total na partida. Nesta fase, foco para uma jogada incrível do leão que culminou com um tiro fulminante de Adrien. Na sequência do canto, Bas Dost marcou, mas o juiz da partida invalidou o segundo tento do Sporting injustamente. Na marcação de um livre, o chuta chuta Bruno César atirou um bomba que só parou nas redes do Vitória. Pouco depois Gelson voltou a massacrar os sadinos mas Bruno César falhou a emenda por pouco.

Segunda parte: Gestão da vantagem a pensar na Champions

Ao intervalo a vantagem leonina justificava-se inteiramente, pecando apenas por ser escassa. A intensidade de jogo impressionou e o Vitória limitou-se a ver os leões construírem lances de altíssima qualidade, técnica e tática.

No segundo tempo, o ritmo de jogo dos verde e brancos baixou drasticamente, com os leões a registarem muitos passes falhados. Os sadinos aproveitaram essa quebra estratégica da equipa de Jorge Jesus para subirem um pouco as linhas. Mesmo sem acelerar muito, o Sporting voltou a ser prejudicado com um golo mal anulado pelo juíz da partida, numa jogada em que Coates cabeceou de forma legal para as redes de Bruno Varela. O Vitória respondeu, e foi Vasco Santos a beneficiar da melhor oportunidade de golo dos forasteiros em todo o encontro. Os sadinos quase festejaram em Alvalade, mas Rui Patrício negou as intenções da equipa de José Couceiro.

Até final o Sporting poderia ter ampliado a vantagem por duas ocasiões, mas Bas Dost não estava com a pontaria afinada nesta noite de dilúvio em Lisboa. O Sporting mantém a 2ª posição da Liga NOS, mas a uma semana do grande dérbi lisboeta encontra-se apenas a 2 pontos do líder Benfica.