Com um autêntico dilúvio que se abateu sob o Estádio do Dragão durante todo o encontro, o FC Porto entrou decidido a resolver o assunto, e logo aos três minutos André Silva criou o primeiro momento de perigo, mas já com pouco ângulo atirou fraco para as mãos de Gottardi. Depois foi o central Filipe atirar de cabeça perto do poste, na sequência de um pontapé de canto.

Por sua vez o Marítimo remetia-se ao seu reduto defensivo e poucas eram as vezes que conseguia ultrapassar o meio-campo. Os dragões dominavam, mas a «teia» madeirense não dava grande margem de manobra, para deixar o perigo chegar perto da sua baliza. Deste modo a equipa azul e branca só lá ia de bola parada, foi assim em dois livres directos, com Alex Telles a rematar à figura de Gottardi e pouco depois Brahimi ao lado.

Quando o intervalo já estava perto e o nulo parecia o resultado certo, eis que Brahimi recebeu uma bola vinda de um ressalto e já de ângulo apertado colocou o esférico entre Gottardi e o poste, fazendo este entrar no fundo das redes. Apesar das poucas ocasiões para marcar, o FC Porto chegava a vencer com justiça ao intervalo, face ao domínio total que exercicia sobre o Marítimo.

No regresso dos balneários a toada não mudou, mesmo com os madeirenses a tentarem esporadicamente rematar à baliza de Casillas, mas sem perigo. A formação da casa continuava «acampada» no meio-campo insular e o 2-0 acabou por aparecer de forma natural, a meio da etapa complementar. Brahimi deixou André Silva na cara de Gottardi, e o avançado portista só teve de escolher o lado onde meter a bola.

A partir daqui os dragões abrandaram o ritmo, passando a gerir o jogo e deixando o relógio correr. Foi então que sem nada o fazer prever, que o Marítimo a cinco minutos dos 90' reduziu para a diferença mínima o marcador. Djoussé que tinha entrado ainda nem há dez minutos, aguentou a carga de Felipe e depois ainda de fora da área, «encheu o pé» e disparou forte e colocado, que Casillas mesmo tendo-se esticado todo foi incapaz de travar o trajecto da bola em direcção ao fundo das redes portistas.

O FC Porto acusou o toque e permitiu que a equipa visitante se fosse aproximando da sua área, mas sem voltar a levar perigo. Até final os dragões susteram bem a pressão e somam agora 31 pontos, reduzindo de forma provisória a desvantagem para o Benfica e aumentando sobre o Sporting. Têm agora a palavra os dois emblemas de Lisboa, no fim-de-semana.