O grande destaque do Domingo futebolístico em Portugal remete-se à forma categórica com que o Benfica recuperou a liderança da Liga NOS, apenas perdida à condição durante menos de 24 horas após o trunfo do FC Porto sobre o Sporting no Clássico que havia sido disputado na véspera. Para resgatar a liderança que havia sido ’emprestada’ ao dragão, o tricampeão entrou ‘a tiro’ perante o aflito Nacional.

Os madeirenses visitavam a Luz com a necessidade de pontuar tanto quanto possível dada a sua deficiente condição classificativa, esperançosos ainda na continuidade do surto de resultados negativos de que o Benfica vinha padecendo para lograr o seu intento, o que cedo se comprovou impossível para a equipa visitante.

Jonas como figura de destaque

Os dois desaires consecutivos frente a Moreirense e Vitória de Setúbal causavam apreensão geral no clube encarnado e o próprio plantel que com a possibilidade de entrar pressionado poderia ’ver-se grego’ quanto os dois helénicos que fazem parte do grupo, Andreas Samaris e Kostas Mitroglou, que haviam sido titulares na última deslocação a Setúbal. Ora, se Samaris não saiu do banco de suplentes (Fejsa e Pizzi assumiram a titularidade a meio-campo e no período final foi Filipe Augusto o escolhido para reforçar a intermediária), Mitroglou fez valer nova oportunidade.

O ponta-de-lança internacional pela Grécia não deixou uma vez mais os créditos por mãos - neste caso pés - alheios e apontou o terceiro e último golo da noite, o tiro final de uma noite que teve como figura o maior especialista no que diz respeito à arte de atirar às balizas adversárias e por esse motivo conhecido por Pistolas.

Quem mais senão o goleador Jonas que bisou - dois tentos plenos de oportunidade ainda na primeira parte, o primeiro através de um golpe de cabeça após cruzamento de Andrija Zivkovic e o segundo num colocado remate cruzado após uma primeira tentativa de corte de um defensor alvinegro. Um bis decisivo para que o Benfica tenha regressado ao lugar a que se tem habituado desde o início da época.