Em Lisboa desde a temporada passada, Raúl Jiménez chegou como estrela da Seleção mexicana, sendo que o Benfica terá pago pela totalidade do passe 22 milhões de euros, um recorde na História do clube. Em 2015/2016 o dianteiro alinhou em 45 partidas e fez 12 tentos no total todas as provas, alguns deles decisivos nas contas do título e na campanha benfiquista na Champions. A expectativa em torno do jogador aumentou para 2016/2017, mas a verdade é que na primeira metade da época o mexicano ficou muitas vezes atrás de Gonçalo Guedes, e mais recentemente de Jonas e em alguns jogos de Rafa.

Em 26 jogos, Raúl fez o gosto ao pé em 8 ocasiões em todas as competições, uma média superior à da época passada, mas que ainda assim fica abaixo para um avançado que custou mais de 20 milhões de euros. Ao todo, Jiménez participou em 71 jogos pelo Benfica e marcou 20 tentos, um número que seria razoável, mas não quando estamos perante o jogador mais caro da História do clube da Luz. Por exemplo, Mitroglou já alinhou em 83 partidas pelas águias e soma 50 golos, tendo custado apenas 7 milhões de euros. A aposta de Rui Vitória em Jiménez não é firme, e a verdade é que, quando joga, é maioritariamente vindo do banco, o que dificulta a ascensão do avançado, que nem quando Jonas esteve fora se afirmou no 11 do técnico.

O extremo campeão europeu Rafa é o jogador luso mais caro da História em transferências entre clubes portugueses. O Benfica pagou 16 milhões de euros ao Braga, um valor que poderá ainda ser superior. A expectativa na contratação do criativo colocou a fasquia altíssima, mas na realidade Rafa ainda não se afirmou na equipa de Rui Vitória, nem a jogar como segundo avançado nem como extremo. Um jogador que alinha na frente e que tem tanto potencial não pode ter apenas 2 golos em jogos oficiais nos 25 que disputou. Neste momento, Salvio, Zivkovic e Cervi estão bastante acima, e no caso dos dois últimos foram aquisições bastante mais baratas. Rafa tem talento, uma técnica incrível e uma margem de progressão soberba, mas um jogador que custe tanto dinheiro tem de render mais e afirmar-se sem receios, como Zivkovic e Cervi.

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