Os mais de 57 000 portugueses presentes no Estádio da Luz viram a equipa de Fernando Santos aplicar um notável 3-0. Os lusitanos deram espectáculo e Cristiano foi a grande figura dos Heróis do Mar, com dois tiros certeiros no duelo. O astro português chegou à emblemática marca de 70 tentos pelas quinas e é cada vez mais o melhor artilheiro de toda a História. O dragão André Silva também fez o gosto ao pé e Portugal continua a 3 pontos da Suíça, com 19 golos marcados e apenas 3 sofridos na corrida pelo Mundial 2018.

Primeira parte: André Silva é matador... e o CR do costume

O Estádio da Luz foi o palco do apaixonante Portugal x Hungria, a contar para a fase de apuramento para o Mundial 2018. O Líder Fernando Santos apostou de início em Rui Patrício, Cédric, Pepe, José Fonte, Raphael Guerreiro, William Carvalho, André Gomes, João Mário, Quaresma, Cristiano e André Silva, deixando Bernando Silva e João Moutinho no banco de suplentes. O Hino nacional contagiou todos os adeptos e tratou-se de um momento arrepiante.

O ambiente da Luz iluminou os campeões europeus e foi com garra e velocidade que a equipa lusa partiu para cima dos húngaros. Nos instantes iniciais, André Silva combinou com Cristiano e o madeirense visou a baliza pela primeira vez, mas sem direção. Ainda na fase inicial CR7 deixou para o baixinho Cédric, que de cabeça quase inaugurou o marcador. O espírito vindo das bancadas esteve electrizante, e ao minuto 11 André Silva sofreu uma falta à entrada da área, deixando a Luz em suspenso enquanto Cristiano já olhava para a baliza. O capitão das quinas olhou, abriu as pernas, mas o tiro saiu um palmo a cima da barra.

A Hungria jogou maioritariamente no erro dos jogadores lusos, limitando-se a aliviar bolas para a frente em busca do jogo aéreo. Apesar do domínio lusitano, faltou maior objectividade na hora de furar os três centrais húngaros. Ao minuto 19, Quaresma serviu Cristiano com muita nota artística, mas CR7 não teve cabeça para dar alegrias aos portugueses. A verdade é que o 0-0 subsistiu até à meia hora, e saltou à vista que William estava muito só na luta a meio campo, e foi perante essa lacuna táctica que Fernando Santos puxou João Mário para o centro. Aos 32 minutos, Portugal penetrou pela defesa húngara de forma mais contundente e chegou ao golo. Mérito total para Raphael, que subiu como uma flecha pela ala e serviu André Silva, que apareceu como um verdadeiro matador, assinando o seu quinto tento ao serviço dos campeões da Europa.

Aos 35 minutos surgiu o factor CR7. O menino André Silva combinou incrivelmente com Cristiano, e o craque do Real Madrid não vacilou e marcou um golo de belíssimo efeito. Pouco depois João Mário também serviu Ronaldo, mas o astro luso falhou o que seria uma bicicleta perfeita. Na primeira metade, foco para a passagem de João Mário para o centro, que impulsionou um futebol mais organizado e fluído na frente. O entendimento de André Silva com Cristiano é soberbo e são já uma dupla mortífera na hora de visar as redes.

Segunda parte: CR70

Para a segunda metade o comandante dos Heróis do Mar não mexeu na equipa, mas lançou Bernardo, Gelson e Moutinho para aquecimento. Os lusitanos voltaram dos balneários com a mesma intensidade e a Hungria procurou subir as linhas para tentar incomodar Patrício. Aos 52 minutos, André Gomes libertou o esférico para João Mário e o médio rematou ligeiramente por cima. Nesta fase de jogo o jogador do Inter levou as bancadas ao rubro com os dotes técnicos que aplicou juntamente com Cristiano. Ao minuto 63 Quaresma humilhou a defesa húngara e só foi parado em falta. Na marcação do livre Cristiano bombardeou a baliza e chegou ao golo 70 pela seleção.

Pouco depois, Bernardo Silva entrou nas 4 linhas para o lugar de André Silva e Portugal não parou de procurar a goleada. No centro, André Gomes subiu claramente de rendimento e serviu os dianteiros com muito mais critério do que fez na primeira metade do duelo. À entrada para o último quarto de hora o conjunto luso limitou-se a gerir o esférico e a descansar com bola, mas sem esquecer o ataque. Ao minuto 84, o Harry Potter Quaresma deixou os húngaros enfeitiçados e passou a varinha para Bernardo. O maestro do Mónaco falhou por pouco o alvo.

O triunfo é justo e faltam agora 5 finais para que Portugal possa sonhar pela conquista da Rússia no próximo ano.

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