O bom filho à casa torna

Para a partida na Madeira, o seleccionador Fernando Santos procedeu a uma auntêntica revolução no onze inicial. Com efeito, da equipa que começou o jogo com a Hungria, apenas Cristiano Ronaldo "sobreviveu".

Talvez por isso os campeões europeus tiveram alguma dificuldade em desenvolver o seu jogo, perante um bloco compacto e bem organizado que pressionava a equipa portuguesa logo na fase inicial de construção de jogo. Tal pressão resultou obrigatoriamente em ocasiões de perigo perto da baliza lusitana. Felizmente para Portugal, nem Larsson nem Claesson conseguiram transformar as duas grandes ocasiões para a equipa sueca.

Foi assim contra a corrente do jogo que Portugal chegou ao golo; 18 minutos de jogo e uma boa jogada de entendimento do ataque português permite a Gelson cruzar de trivela e encontrar Cristiano Ronaldo que inaugurou o marcador, levando ao delírio os milhares de madeirenses presentes nas bancadas.
Apesar do golo sofrido, a Suécia não se ressentiu, tendo beneficiado de duas oportunidades quase consecutivas para empatar a partida. Nyman e Claesson (novamente), ambos em posição priveligeada, não tiveram arte para igualar a partida.

Enquanto que os suecos desperdiçavam oportunidades, Portugal mostrava eficácia...desta vez com alguma felicidade à mistura; corria o minuto 34 quando Gelson Martins cruzou para a área à procura de Bernardo Silva. O mesmo cruzamento encontrou Andreas Granqvist que, a meias com o guardião sueco, fez o auto-golo.

Gelo sueco para arrefecer os ânimos

No segundo tempo chegaram as habituais substituições que, obrigatoriamente, alteram a dinâmica das equipas. Ronaldo ainda aguentou mais uns minutos, tendo assustado a baliza nórdica com um livre directo.

Apesar das alterações, a Suécia manteve o seu rigor tático e plano de jogo, tendo chegado ao golo à passagem do minuto 58; após um primeiro remate de Thelin defendido por Marafona, a bola sobrou para Nyman que serviu Claesson para o primeiro dos nórdicos.

Com o passar dos minutos o jogo foi ficando mais partido. A disciplina tática sueca acabou por compensar nessa altura, permitindo aos homens de Jan Andresson chegar ao empate com alguma felicidade. Aos 76 minutos um canto batido rasteiro encontrou Claesson ao primeiro poste; o avançado sueco antecipou-se ao adversário e fez assim o 2-2.

Perante esta situação, Portugal partiu para cima do adversário, empurrando-o para o seu último reduto em busca da vitória. Mas as intenções lusitanas esbarraram sempre no bem organizado bloco nórdico.

E quando todos esperavam que a partida ficasse empatada, uma arrancada forte de Hult culminou num cruzamento rasteiro para a área; aí a infelicidade coube a João Cancelo que assim fez o auto-golo que deu o triunfo à Suécia.

Esta foi a primeira vitória dos suecos em solo português, na sua nona visita. Apesar da derrota, o público dos Barreiros aplaudiu a selecção de pé.