À quarta foi de vez para Mikel Landa. Depois de um terceiro e dois segundos lugares, o espanhol consegue a merecida vitória. Por outro lado, este ainda não foi o dia de sorte de Rui Costa, já que o português fez, pela terceira vez neste giro, segundo lugar. Atrás do português chegou outra figura desta Volta a Itália, Pierre Rolland, que já ganhou uma etapa, também à frente do português. No que toca à geral, Nairo Quintana é o novo líder com uma vantagem de 38 segundos para Dumoulin. Nibali é terceiro, a 43 segundos do novo camisola rosa.

Previa-se uma etapa tranquila até à chegada à última montanha, mas não foi exatamente isso que se viu nos primeiros quilómetros. A fuga formou-se, com Rui Costa novamente a participar, mas rapidamente foram apanhados, quando na descida que sucedeu a segunda montanha do dia os líderes da Movistar e da Bahrain perceberam que Dumoulin estava para trás e atacaram, provocando o caos e vários cortes. O líder da prova beneficiou de várias ajudas, principalmente da Orica e de Adam Yates, para recolar aos seus mais diretos adversários.

Passou o susto e a partir daí a corrida parou completamente. Corredores como Rui Costa, Rolland e Landa aproveitaram essa acalmia para se lançarem novamente para a frente da corrida. Formou-se um grupo grande na frente que conseguiu uma vantagem máxima de cerca de 12 minutos.

À entrada para a última subida o primeiro a atacar no grupo dos fugitivos foi Luis Leon Sanchez, que ganhou uma boa vantagem. Rui Costa atacou já na subida e deixou toda a gente para trás. Chegou à roda do espanhol e desde logo o deixou, seguindo sozinho na frente da corrida. Mas quando Landa decidiu arrancar toda a corrida mudou. Chegou rapidamente ao português e com a mesma velocidade o deixou para trás, seguindo sozinho até ao topo do Piancavallo onde a glória estava à sua espera. Finalmente levantou os braços nesta Volta a Itália, e que merecido foi. Rui Costa chegou 1:49’ depois.

No que toca aos homens da geral, notava-se muito cansaço no pelotão. Seguia-se a um ritmo fortíssimo que vinha a ser imposto por Franco Pellizotti, ritmo que fez com que Dumoulin passasse mal e ficasse cedo para trás. Mas não se notava capacidade de ninguém para atacar. Nem Quintana nem Nibali estavam a conseguir aproveitar da melhor forma o mau dia de Dumoulin. Quem aproveitou foi Pinot, que foi o único com capacidade para atacar no grupo dos favoritos e ganhou cerca de 15 segundos para os seus adversários diretos. Dumoulin perdeu 1:09’ para Quintana e está agora no segundo posto da geral. Fiquem com a geral atualizada:

Os outros dois portugueses chegaram mais atrasados: José Mendes fez 93º a 28:11’ do vencedor e José Gonçalves acabou na 152ª posição, inserido no mesmo grupo do seu compatriota.

Amanhã é o último dia para se fazerem as diferenças na montanha, pois 38 segundos é uma vantagem muito curta para Quintana levar para o contrarrelógio de domingo. É também a última oportunidade para muita gente tentar a vitória, talvez possamos ver Rui Costa novamente a tentar a sua sorte. Vamos ver o que acontece amanhã, na última etapa em linha da Volta a Itália deste ano.  

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