No último grande duelo da temporada, o mítico Estádio do Jamor vestiu as cores do Benfica e do Vitória, e foram as águias a voar até à 26ª Taça de Portugal. Os encarnados triunfaram por 2-1, com golos de Jiménez e Salvio. O minhoto Zungu ainda reduziu, mas o caneco não fugiu ao conjunto da Luz.

Primeira parte: Vitória sem eficácia, Benfica sem ideias

O Estádio do Jamor contou com a habitual magia que reuniu 30 000 espectadores envolvidos num ambiente verdadeiramente emocionante. De um lado, o SL Benfica Campeão Nacional, e do outro o Vitória SC, quarto classificado, dois clubes Históricos que travaram uma empolgante final. O técnico Rui Vitória lançou Jiménez no lugar de Mitroglou, enquanto Pedro Martins pôde apostar em Hernâni, que recuperou de lesão.

Os vitorianos entraram a todo o gás e foram a primeira equipa a criar perigo, com um tiro de Hurtado. Na resposta, Pizzi rematou ao lado. Nos minutos iniciais as equipas repartiram o domínio do duelo, com ligeira supremacia para os minhotos. Com o passar dos minutos a chuva aumentou e as águias voaram mais alto no domínio da partida, com foco para Grimaldo e Semedo que subiram bem pelos flancos para desiquilibrarem. O Vitória desceu um pouco as linhas, adoptando uma postura expectante em busca de contra ataques.

Ao minuto 24, Rui Vitória foi obrigado a queimar uma substituição, com Fejsa a abandonar o relvado depois de Marega ter entrado à margem da lei. Para o seu lugar, Samaris saltou para as 4 linhas. Ao minuto 28 o Vitória criou a primeira grande oportunidade de golo, com Raphinha a obrigar Ederson a uma intervenção sublime. Na sequência do canto Rafael Miranda ficou perto da emenda.

Até ao intervalo o equilíbrio foi uma constante, mas fica a nota de destaque para o maior critério táctico da equipa de Pedro Martins. O técnico do Vitória foi obrigado a retirar Hurtado por lesão, e para o seu lugar Celis entrou, mesmo estando contratualmente ligado ao Benfica.

Segunda parte: águia com voo supersónico até à Taça

Para o segundo tempo os técnicos não fizeram qualquer alteração no reatamento do duelo. Os encarnados entraram a matar, e logo com um golo com sotaque mexicano. O dianteiro Jiménez inaugurou o score ao minuto 48 com um gesto técnico genial, depois de ter captado a bola que sobrou de um tiro de Jonas. O Vitória subiu as linhas, enquanto o Benfica apostou no contra ataque rumo ao segundo tento.

5 minutos volvidos e as águias voltaram a voar até às redes do Vitória. O supersónico Semedo correu pela ala e serviu Salvio para o segundo festejo da tarde. Foco para o oportunismo do argentino, que surgiu na zona do avançado. O vitoriano Marega respondeu com um tiro fulminante, mas o esférico passou um pouco por cima. Os minhotos não desistiram e ao minuto 78, Zungu reduziu a desvantagem na sequência de um canto.

A verdade é que o Benfica não deixou a vantagem fugir e conquista a dobradinha, depois de ter alcançado o título da Liga NOS.