No passado dia 13 de novembro, Ivo Vieira era apresentado como novo treinador do Estoril Praia. O ex-Desportivo das Aves e ex-Marítimo era o escolhido para suceder a Pedro Manuel, que abandonou a equipa da linha numa situação dramática, com apenas 6 pontos em nove jogos, deixando-a assim no último lugar da tabela classificativa.

Com Pedro Emanuel, a equipa praticava um futebol pobre, com um ritmo de jogo baixo, sempre sem grandes ideias ou, quando as tinha, eram sempre pouco trabalhadas e sem grande efeito. Se por um lado tinhamos um Estoril a jogar, habitualmente, em 4-4-2, com Kléber e outro companheiro na frente de ataque que podia variar entre Bruno Gomes e Aguilar Jorman, a verdade é que nos últimos 8 jogos de Pedro Emanuel à frente da equipa, a formação do Estoril apenas marcou 2 golos e sofreu 18.

Com a entrada de Ivo Vieira, a equipa manteve o mesmo sistema tático, no entanto começou a ter mais bola ao longo do jogo, mais domínio no último terço do campo e até mais remates do que os adversários, muitos dos quais a ameaçar verdadeiramente a baliza contrária.

O primeiro teste do novo técnico foi nos Barreiros, frente a um Marítimo que não perdia em casa desde janeiro deste ano. Numa primeira parte verdadeiramente dominada pelo Estoril em termos de remates efetuados, a posse de bola deixou algo a desejar, chegando ao intervalo com um equilibrado 50%-50%. No segundo tempo, o Estoril voltou a ter as melhores chances de golo e conseguiu também ter mais bola, acabando os 90’ a rondar os 60%. Para se ter uma noção daquilo que foi o jogo ofensivo do Estoril, o homem do jogo viria a ser Charles, o guarda-redes do Marítimo.

Apesar de ainda ser prematuro falar em ‘Novo Estoril’, a verdade é que o futebol da equipa da linha está diferente daquele que se apresentava com Pedro Emanuel. Será que Ivo Vieira ainda vai a tempo de segurar o Estoril entre os maiores do futebol português?

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