Na conferência de imprensa relativa ao embate com o Desportivo das Aves, maior parte das questões foram direcionadas a temas colaterais, como a ausência de Pizzi, o momento do futebol português e o desempenho do jovem João Félix.

            Relativamente à ausência de Pizzi por acumulação de cartões amarelos, o técnico encarnado descartou a falta do jogador, enunciando várias soluções para o seu lugar. “O Pizzi tem vindo a jogar e não joga neste sábado. Entraremos com 11, de certeza. Samaris, Keaton Parks ou João Carvalho podem entrar para essa posição. São tudo soluções válidas. O que interessa mais é a nossa equipa e o seu desempenho ser bom."

            Sobre o futebol português, Vitória tentou não dar muita importância ao exterior, focando-se na sua equipa e no que se passa dentro do Caixa Futebol Campus. “Somos pessoas e temos noção de que estamos a viver uma perfeita ebulição há muito tempo no futebol português. A nossa vantagem é a preparação para as dificuldades que se colocam no caminho e os meus jogadores estão preparados. Há algo que nos favorece, que é o Caixa Futebol Campus, que para nós é a nossa ‘Caixa Forte Campus’. O nosso foco está no que temos de fazer para vencer o próximo adversário, que é o Aves. Estamos preparados e prontos. Se há equipa que tem dado resposta em relação a isso é a nossa.”

            Contudo, rapidamente o técnico encarnado virou atenções para a partida frente aos avenses. Analisou o adversário e comentou o facto deste ter trocado de treinador várias vezes ao longo da época. “É uma realidade. Tem mudado de treinador e isso não agrada aos treinadores. O José Mota trabalha com esta equipa há algum tempo. Está a melhorar o desempenho, os resultados e vem causar problemas. O Aves tem jogadores de qualidade. Reforçou-se com jogadores experimentados. Sai com critério para o contra-ataque, tem jogadores rápidos na frente, tem um meio-campo forte e pode causar problemas. É uma equipa rigorosa a defender e na marcação. Vai colocar-nos dificuldades e obrigar a ter paciência. Temos de ser persistentes e coletivamente fortes. Temos de ser uma equipa boa, porque o Aves está a recuperar e confiante. Vamos jogar no nosso estádio, com 60 mil adeptos e não é fácil a qualquer equipa vir aqui jogar. O Aves tem jogadores bons na frente.”

            Mais um tema abordado ao longo da conferência foi o desenvolvimento de João Félix, jovem prodígio, ao serviço da equipa B e dos Juniores. “A pior coisa que se pode fazer é começar a individualizar em jovens que são projetos de jogador. Há uma lista de jogadores que é observada e alguns já foram chamados. Isso faz parte de um processo de trabalhar de cada uma das equipas e depois há um processo transversal em que percebemos que os jogadores precisam, aqui e ali, de um estímulo. O João [Félix] é um dos bons jogadores que o Benfica tem, o futuro está assegurado, no meu ponto de vista.”