O sorteio da Liga dos Campeões ditou duelo inglês nos quartos de final da prova milionária, com o Liverpool a receber em Anfield o Manchester City

  O terceiro classificado da liga inglesa, orientado por Jürgen Klopp, entrou em campo no 4-3-3 habitual, com o poderoso trio atacante Mané, Firmino e Salah a serem as "armas" apontadas à baliza de Ederson. 

  Pep Guardiola, face à ausência de Sergio Agüero, lesionado no joelho, lançou para a frente de ataque Gabriel Jesus. O treinador espanhol optou também pela inclusão de mais um médio, juntando Gündoğan ao lado de Fernandinho. Destaque também para a titularidade de Laporte na lateral defensiva dos cityzens.  

  O árbitro destacado para o encontro foi o alemão, Felix Brych.

  O Liverpool procurou pressionar alto na primeira fase, e quando não conseguia baixava as suas linhas deixando apenas Firmino na frente, formando assim um meio campo composto por quatro homens. 

  À passagem do minuto 5, Sané partiu do flanco esquerdo e arrancou em direção à área tirando vários adversários da frente. O extremo alemão tentou o cruzamento rasteiro mas a defesa dos reds cortou o lance com a bola a ir embater nas malhas laterais da baliza à guarda de Karius. 

  Ao minuto 11, surgiu a primeira explosão de alegria em Anfield. Num contra ataque que surgiu depois de um mau passe de Sané, Milner lançou em velocidade Salah que entregou a Firmino. O ponta de lança brasileiro rematou para defesa complicada de Ederson, com a bola a sobrar para os pés de Walker, o lateral do City. Quando o perigo já parecia ter passado, o defesa inglês deixou escapar a bola que foi ter ao inevitável Salah. O melhor marcador da liga inglesa, na cara de Ederson, não desperdiçou e abriu o marcador para o Liverpool

  A resposta da turma de Guardiola surgiu também de contra ataque, novamente por Sané, que rematou com a bola a rasar o poste esquerdo do Liverpool

  Quando o City procurava responder ao golo sofrido, eis que à passagem do minuto 20 surge o momento da noiteOxlade-Chamberlain recebeu a bola sozinho à entrada da área dos cityzens e levou Anfield Road à loucura depois de "disparar" um remate potente e colocado que deixou Ederson a olhar para a bola, impotente perante tal remate do inglês. Um verdadeiro início de sonho para os reds, que aos 20 minutos já levavam uma vantagem de dois golos sobre a turma de Manchester

  O City estava desorientado em campo e não conseguia impor o seu jogo, falhando vários passes no meio-campo. O Liverpool, motivado com os dois golos, continuou a carregar sobre os cityzens e voltou a levar ao delírio os seus adeptos. Aos 30 minutosSalah bailou sobre Laporte, e tirou um cruzamento com conta, peso e medida. Mané apareceu livre de marcação na área e cabeceou para o fundo da baliza de Ederson, ampliando para 3 golos a vantagem da equipa de Klopp

  A equipa de Guardiola continuava a falhar vários passes, incapaz de reagir à entrada avassaladora do Liverpool, que se mostrou mais agressiva e mais intensa na recuperação após a perda da bola. Embalados pelos três golos e pelo apoio fantástico vindo das bancadas, os reds continuaram a levar perigo à baliza dos cityzens com ataques rápidos e eficazes.  

  A equipa da casa chegou ao intervalo com um resultado verdadeiramente impressionante e com uma exibição cheia de nível, apanhando de surpresa o Manchester City que não foi capaz de responder ao poderio ofensivo do Liverpool. 

  As equipas regressaram à partida sem qualquer alteração nos seus onzes iniciais, sendo que Pep Guardiola decidiu colocar De Bruyne à direita do meio-campo dos cityzens. Ao minuto 51, Klopp foi forçado a mexer na equipa por lesão de Salah. Para o seu lugar, entrou Wijnaldum que se colocou no meio-campo, o que levou ao adiantamento para a frente de ataque de Oxlade-Chamberlain.

  O jogo foi decorrendo a um ritmo mais lento e o Manchester City conseguiu ter mais bola e ia trocando melhor a bola graças a uma pressão menos intensa dos homens do Liverpool. O City ia jogando pelo meio-campo mas de forma quase inconsequente, sem levar perigo à baliza de Karius, salvo raras exeções vindas das arrancadas de Sané. 

  Aos 68 minutos, na sequência de um pontapé de canto, Otamendi ganhou nas alturas aos defesas do Liverpool mas o cabeceamento não levou a direção desejada e acabou por sair por cima da baliza de Karius. 

  O Liverpool voltou a levar perigo à baliza da equipa de Guardiola aos 71 minutos depois de um passe atrasado do recém-entrado Dominic Solanke para Mané. O extremo senegalês já imaginava o "bis" na partida quando surgiu o corte decisivo de Kyle Walker, a redimir-se do erro da primeira parte. 

  Depois de uma boa combinação entre De Bruyne e Sterling no lado direito do ataque dos cityzens, o inglês cruzou para Gabriel Jesus que finalizou mal e a bola acabou por sair sem perigo para o guardião Karius. 

  A formação de Liverpool ia mostrando uma grande coesão defensiva evitando com que o City conseguisse criar ataques perigosos ou que surgissem passes de rutura na área dos reds. O jogo do City era previsível e na maior parte das vezes acabava em remates de fora de área sem perigo. 

  O jogo chegou ao fim sem que registassem mais oportunidades dignas de registo. O Liverpool manteve a consistência defensiva e o City foi incapaz de contrariar a organização dos reds. A formação de Klopp leva para a segunda mão uma vantagem importante de 3 golos. Só uma exibição de sonho do City no Etihad permitirá aos pupilos de Guardiola qualificarem-se para as meias-finais da Liga dos Campeões.