Os colchoneros confirmaram a presença na final da Liga Europa, após terem vencido o Arsenal no Wanda Metropolitano. A equipa espanhola trouxe de Londres a vantagem graças aos golos marcados fora de casa, e no seu reduto venceu os gunners, acabando com as aspirações dos ingleses em chegar à final de Lyon. 

  Forçado a mexer na equipa devido à expulsão de Vrsalijko no jogo de Londres na semana passada, Diego Simeone lançou para o seu lugar o ganês Thomas Partey. Na frente de ataque, o treinador argentino colocou ao lado de Antoine Griezmann, o avançado hispano-brasileiro Diego Costa. Quanto ao meio campo, Vitolo foi a novidade do onze dos colchoneros, que se apresentaram em campo num 4-4-2.

  À procura da reviravolta na eliminatória, o Arsenal entrou em campo  com um onze inicial sem qualquer tipo de alteração em comparação com o jogo da primeira mão. Arsène Wenger voltou a apostar num 4-3-2-1, ficando Lacazette como o homem mais adiantado da formação inglesa. 

  Com o Atlético de Madrid em vantagem, os minutos iniciais foram de controlo e de gestão da posse de bola, e foi mesmo da equipa espanhola que surgiu a primeira oportunidade de golo no encontro. Aos 6 minutos, depois de ganhar uma bola na disputa com Koscielny, Diego Costa atirou por cima no frente a frente com David Ospina, dando o primeiro sinal de perigo por parte dos casa. 

  2 minutos a seguir, o azar bateu à porta de Koscielny. O defesa central francês lesionou-se sozinho após colocar mal o seu pé de apoio e caiu no relvado agarrado à perna. O gaulês foi retirado do campo em maca e pelas primeiras impressões, é provável que tenha o resto da época em risco, assim como o Mundial que se avizinha. Para o seu lugar, entrou Calum Chambers

  Após a paragem forçada do jogo, o jogo continuou num ritmo lento que servia ao Atlético, em vantagem na eliminatória. Com 20 minutos decorridos, os gunners iam tendo mais bola mas sem nunca causar verdadeiro perigo a Oblak, face à já habitual boa organização defensiva da equipa espanhola. Os colchoneros procuravam lançar contra-ataques rápidos no momento da perda de bola dos gunners e Diego Costa ao minuto 24 não foi capaz de dar sequência a um bom contra-golpe espanhol, deixando que Chambers se antecipasse e cortasse assim uma possível finalização do avançado. 

  Na outra área, Godín fez o mesmo que Chambers e com um corte essencial dentro de área impediu o desvio que se adivinhava certo de Welbeck a passe de Özil, depois de mais uma combinação por parte da formação londrina voltar a esbarrar na defensiva espanhola. 

  O perigo voltou a surgir e desta vez em dose dupla, com o Atlético a colocar o Arsenal em sentido. Primeiro, ao minuto 37, depois de várias disputas de bola na área dos gunners, esta acabou por sobrar para Koke. O médio espanhol rematou com o esférico a passar muito perto do poste direito da baliza de Ospina, que não conseguiu ver a bola partir face ao aglomerado de jogadores em frente a ele. No minuto a seguir, foi a vez de Griezmann receber na área de costas para a baliza e na rotação, o francês fez a bola passar novamente a rasar do poste da baliza do guardião colombiano. 

  Quando decorria o segundo minuto de desconto dos três adicionados pelo árbitro, eis que surge a explosão de alegria no Wanda Metropolitano. Depois de um mau corte da defensiva dos gunners, Griezmann descobriu com um grande passe Diego Costa e isolou assim o avançado espanhol. Desta vez, o dianteiro não vacilou, rematou para o fundo da baliza e ampliou ainda mais a vantagem dos colchoneros que viram o árbitro apitar para o descanso depois dos festejos. Após 45 minutos decorridos sem grande ritmo, a verdade é que as melhores oportunidades tinham pertencido aos espanhóis que levaram para os balneários uma vantagem ainda mais confortável no conjunto da eliminatória. 

  A segunda metade iniciou-se e foram os colchoneros que tiveram o primeiro lance de maior perigo, quando aos 48 minutos Diego Costa respondeu a um pontapé de canto cobrado por Koke. Desta vez, Ospina levou a melhor e agarrou a bola com segurança. Aos 54 minutos, novamente o espanhol em evidência, que recebeu um bom passe de Thomas e "sentou" Mustafi. Quando se preparava para finalizar, surgiu mais um corte providencial de Chambers, aliviando o perigo para a baliza dos gunners

  Depois de Nacho Monreal ter parado um contra-ataque da formação da casa, Griezmann teve nos pés um livre perto da entrada da área da equipa londrina. O francês rematou colocado mas a bola acabou por sair ainda um pouco distante do poste de Ospina. 

  Na resposta do Arsenal, surge ao minuto 59 mais uma intervenção fundamental de Godín, que "tirou o pão da boca" a Lacazette, quando o francês já se imaginava a festejar o golo do empate. A turma de Wenger voltou a causar perigo ao Atlético, desta vez à passagem do minuto 63, após um remate forte e rasteiro com o pé esquerdo de Xhaka. Oblak opôs-se com categoria num voo rasteiro, defendendo a bola para pontapé de canto. 

  Os gunners voltaram a andar perto do golo aos 71 minutos, desta vez após um remate do recém-entrado Mkhitaryan. O internacional arménio rematou com força mas a bola acabou por sair ligeiramente por cima da barra de Oblak. 

  Com 15 minutos a faltar para os 90, Simeone lançou para o meio-campo Correa para procurar tapar os caminhos para a sua baliza e ganhar mais força no terreno de jogo, sabendo que o Arsenal iria ter que arriscar mais em busca do golo que lhes permitisse empatar a eliminatória. O jogo foi ficando mais partido e o Atlético ia procurando as saídas rápidas por parte de Griezmann para tentar "matar" o jogo. 

  A 5 minutos do fim, com os adeptos dos colchoneros cada vez mais confiantes e em festa, Fernando Torres recuperou uma bola depois uma má saída a jogar do Arsenal. O avançado de 34 anos rematou com força mas à figura de Ospina que afastou o perigo.

  Até ao final do jogo, o Atlético manteve a concentração e com uma consistência defensiva notável impediu qualquer aspiração dos gunners  em relançar a eliminatória. Após 3 minutos de desconto, os colchoneros confirmaram a presença na final da Liga Europa, perante festejos efusivos de Diego Simeone e uma desilusão visível no rosto de Wenger, que cumpre este ano o último ao serviço do Arsenal. A final tem data marcada para 16 de maio, em Lyon.