Colômbia e Inglaterra subiram ao relvado em Moscovo, sabendo desde logo que teriam pela frente a Suécia na ronda seguinte caso vencessem a partida. Do lado inglês Gareth Southgate fez alinhar o seu onze-base deste mundial; já a Colômbia de Pekerman não pôde contar com o influente James Rodriguez, estrela maior da equipa sul-americana.

Tal como se esperava a partida pautou-se pelo enorme equilíbrio e intensidade na disputa de cada lance. A Colômbia entrou em jogo muito agressiva, não deixando que os ingleses pudessem pensar e desenvolver o seu jogo da melhor maneira. Com a partida de tal forma nivelada, não é de espantar que as oportunidades de golo tenham escasseado; com efeito, apenas Harry Kane de cabeça chegou a ameaçar as redes colombianas no primeiro tempo. Ao intervalo ficava a ideia de que um golo poderia desencadear todo um novo jogo.

(Fonte: Fifa.com)
(Fonte: Fifa.com)

E foi precisamente isso que aconteceu nos primeiros minutos do segundo tempo. Após um canto na direita, o árbitro Mark Geiger apanha Carlos Sánchez a derrubar Harry Kane em plena grande área, grande penalidade apontada de imediato. Tal como tem feito ao longo do torneio, Kane não desperdiçou e colocou a Inglaterra na frente aos 57 minutos.

(Fonte: Fifa.com)
(Fonte: Fifa.com)

Em desvantagem, Pekerman não teve alternatva senão abrir a sua frente de ataque, arriscando assim dar à Inglaterra o espaço que ela não teve ao longo do jogo. Apesar do aumento de ritmo dos colombianos, os homens de Southgate mantiveram-se fiéis ao seu plano de jogo, dando poucas ocasiões ao adversário para ameaçar a sua baliza.

Com o relógio perto de atingir o minuto 90 os cafeteros deixaram a sua alma e coração tomar conta das operações, preparando o assalto final à baliza inglesa. O primeiro aviso apareceu já em tempo de compensação através de um remate de Uribe a que Pickford se opôs com uma fantástica defesa. Todavia, e na sequência do canto, Yerri Mina cabeceou para o fundo das redes britânicas, empatando a partida e levando-a para prolongamento.

(Fonte: Fifa.com)
(Fonte: Fifa.com)

Como seria de esperar, os trinta minutos de jogo adicionais não acrescentaram muito, uma vez que ambas as equipas estavam mais preocupadas em manter o seu equilíbrio, em vez de procurar desiquilíbrios no adversário. Chegavam finalmente os penalties, um verdadeiro inferno para os ingleses que nunca tinham vencido no desempate por grandes penalidades.

E parecia que a maldição continuaria quando Jordan Henderson falhou o terceiro penalty. Contudo, tal foi a deixa para o guarda-redes Pickford entrar em cena. A barra e o guardião inglês pararam os penalties de Uribe e Bacca, respectivamente. Assim, tudo dependia de Eric Dier. O médio ex-Sporting tinha nos pés a oportunidade de mandar os ingleses para os quartos de final pela primeira vez em 18 anos.

Dier não tremeu e fez explodir de alegria o coração de equipa e adeptos ingleses. Após desaires em 1990, 1996, 1998, 2004 e 2006 a Inglaterra conseguiu finalmente vencer uma partida no desempate por grandes penalidades. E assim se matam dois coelhos de uma cajadada só.

VAVEL Logo