Esta terça-feira o mundo acordou no rescaldo da cerimónia da Bola de Ouro 2018. O croata Luka Modric colocou um ponto final na década dominada por Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Não diferente dos anos anteriores mas certamente de uma forma particular, o vencedor deste ano está a dar que falar. Para além do poder mediático deste acontecimento, existem vários rumores acerca de pressões feitas por altos dirigente do mundo do futebol, nomeadamente o presidente do Real Madrid, clube de Modric e antigo clube de Ronaldo.

O top 5 ficou da seguinte forma: Modric, Ronaldo, Griezmann, Mbappé, Messi. Justo para uns, escandaloso para outros mas o facto é que o croata era detentor de argumentos fortes para a conquista do prémio. O Real Madrid fez história ao conquistar a terceira Champions League de forma consecutiva. Modric foi o maestro dessa equipa, liderando um meio campo que guiou o clube a um feito tão notável. Os seus números não são os melhores: em 41 jogos pelo Real Madrid marcou apenas um golo e deu 11 assistências. No entanto em termos de influência de jogo era obviamente uma peça importante da equipa. No entanto o que parece ter sido o fator que levou o croata a ser considerado o melhor jogador do mundo foi a sua prestação no Mundial 2018. Considerado o melhor jogador do torneio, Modric capitaneou e foi a estrela da seleção croata na melhor campanha da história do país. Chegaram à final que acabaram de perder para a França. A boa figura no Mundial e a glória no Real Madrid valeram a Modric uma Bola de Ouro.

Griezmann e Mbappé são dois recentes campeões do mundo. Um procura afirmar-se como um dos melhores do mundo há vários anos e em 2018 teve, muito provavelmente, a sua mais forte probabilidade de vencer a Bola de Ouro. O 7 do Atlético de Madrid venceu a Liga Europa com os “colchoneros” sendo a estrela da formação e também uma das figuras da seleção francesa. Por outro lado e com apenas 19 anos, Mbappé aponta ao mais alto do futebol mundial. Brilha no PSG e brilhou intensamente no Mundial da Rússia com a camisola 10 nas costas. O equilíbrio entre os candidatos empurraram o jovem francês para o terceiro lugar mas o futuro parece ser muito promissor para Mbappé.

Por fim os velhos conhecidos Ronaldo e Messi. Os detentores de 10 anos de glória máxima no futebol viram-se finalmente ultrapassados. Apesar de nenhum ter vencido o prémio, protagonizaram uma vez mais um ano fantástico. Messi voltou a vencer a Liga e a Taça do Rei. Jogou e marcou golos da forma brilhante que só ele sabe fazer. O desastre na Champions e a fraca exibição no Mundial deixaram o argentino na 5ª posição na corrida por este prémio, algo impensável para muita gente. Já Cristiano Ronaldo viveu um ano muito especial na sua carreira. Depois de vencer a terceira Champions consecutiva pelo Real Madrid, a 5ª na sua carreia e de ser novamente o melhor marcador da competição, Ronaldo abandonou Madrid e embarcou num novo desafio, aos 33 anos. A par de Modric venceu também o Mundial de Clubes e a Supertaça de Espanha. A sua prestação do Mundial da Rússia foi de mais a menos, tendo protagonizado uma das melhores prestações individuais com um hat-trick frente à Espanha no primeiro jogo. Na presente época, já ultrapassadas as dificuldades de adaptação, Ronaldo mostra que a passagem pela Juventus tem tudo para ser longa e bem sucedida.

 

E depois disto? O que veremos em 2019? Será que Modric manterá o nível? Será que Griezmann conseguirá finalmente afirmar-se? Conseguirá Mbappé subir ao mais alto ainda no início da sua carreira? Ou será que Ronaldo e Messi ainda terão algo para dizer?

Muitas perguntas, poucas respostas. Que venha 2019!

 

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