Terminou, recentemente, a carreira daquela que será, com toda a certeza, uma das maiores lendas do atletismo deste século: Usain Bolt. Como sempre que falamos de um atleta desta índole, não há artigo capaz de abordar o seu percurso e unicidade de forma cabal. Optemos, então, por recordar, resumidamente, as conquistas mais marcantes do jamaicano.

Habituado a vencer desde pequeno, Bolt conquistou a sua primeira medalha de ouro (e duas prata) no Campeonato Mundial de Atletismo Júnior, realizado em Kingston, na Jamaica. Era o início de um período de vitórias que acabaria por marcar a História do Atletismo.

A partir daí, tendo começado a despertar as atenções do mundo em 2008, Bolt deixou a sua marca nos Jogos Olímpicos em Beijing, Londres e no Rio de Janeiro, bem como nos Mundiais de Berlim, Daegu, Moscovo e Beijing. 

Hoje em dia, quase a celebrar 31 anos, Usain apresenta um currículo ímpar. É detentor dos recordes mundiais de 100, 200 e 4x100 metros (com tempos de 9,58s, 19,19s e 36,84s, respetivamente), foi tricampeão olímpico das mesmas distâncias e bicampeão de 4x100 metros (tendo apenas perdido a possibilidade de o fazer por três vezes seguidas devido à desqualificação de Nesta Carter, por doping, nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008). Expressando ainda melhor os feitos de Bolt, o jamaicano conta com 11 medalhas de ouro em Mundiais e um total de 9 nos Jogos Olímpicos, venceu os prémios Laureus para desportista do ano por 4 vezes (em 2009, 2010, 2013 e 2017) e foi consagrado atleta do ano pela IAAF em 6 ocasiões (2008, 2009, 2011, 2012, 2013 e 2016).

Em agosto de 2017, uma lesão fez com que acabasse a última corrida com algumas dores e a ser ultrapassado por todos os rivais na final da estafeta 4x100 metros (vencida pelo Reino Unido, nos Mundiais de Atletismo, em Londres), numa despedida certamente inglória, mas que não apagará o enorme sucesso e o legado deixado por Usain, neste momento em que decide abandonar as pistas em definitivo. Como o próprio referiu em Londres: «Parece-me fantástico sermos nós a decidir retirar-nos e não o desporto a mandar-nos para casa. Quer dizer que estás satisfeito com o que fizeste».