Em noite de Taça de Portugal, era grande a expectativa para se saber se a pausa das seleções tinha ou não feito bem a um Benfica em declarada crise.

Rui Vitória abordou o jogo frente a uma das melhores equipas do Campeonato de Portugal com um onze que misturava habituais titulares com jogadores menos utilizados. O capitão Luisão voltou a liderar a defesa, ao lado de Rúben Dias (bom jogo do jovem central português, a justificar mais oportunidades). Ao contrário do que é habitual, o Benfica jogou com um trio de médios: Fesja protegeu as incursões dos interiores Pizzi e Krovinovic (mais uma boa exibição). No ataque, Vitória manteve a aposta em Gabriel Barbosa a partir da ala, fixou Seferovic como 9 puro e entregou o flanco esquerdo a Rafa (jogo muito apagado).

Se a estratégia dos algarvios passava por retardar o primeiro golo dos encarnados e aproveitar alguma ansiedade que pudesse tomar conta do seu adversário, a verdade é que foram traídos pelo golo madrugador de Gabriel Barbosa. Logo aos 4 minutos, bom passe de Pizzi e Gabriel consegue fazer o chapéu. Estava feito o mais difícil.

Podia pensar-se que o Benfica apareceria, depois do primeiro golo, mais motivado, mas a verdade é que o Olhanense provou, neste jogo, que também há qualidade no Campeonato de Portugal. O extremo esquerdo, Jefferson Encada, criou muitas dificuldades ao estreante Douglas (defesa direito do Benfica) e, apesar do Olhanense não ter criado grandes situações de perigo, chegou a assustar o também estreante Svilar (seguro sempre que chamado a intervir).

No final de contas, o Benfica mantém-se vivo na Taça de Portugal (e em todas as frentes) e prepara agora a dificílima e decisiva receção ao Manchester United de José Mourinho.

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