Com cinco M se pode explicar o resultado da recepção do Benfica ao Manchester United, numa recepção das águias ao líder do grupo, para a qual entravam sem qualquer ponto conquistado à terceira jornada da Liga dos Campeões: Manchester Mediano, Mas Mais Maduro. E foi essa a insofismável realidade do desafio realizado em condições chuvosas na Luz, com um Benfica ainda a recuperar a confiança perdida a defrontar um poderoso Manchester United,  que até então vinha passeando classe nos desafios realizados neste agrupamento.

Há algum tempo, num momento exibicional complicado, a águia tinha no United um adversário nada aconselhável, mas ao mesmo tempo também aliciante, para eventualmente arrancar um resultado mobilizador para prestações mais condizentes com o real valor de um conjunto que, como não há muito tempo assegurou o seu treinador, Rui Vitória, “para o poder representar é procurar vitórias a todo o momento.”

Benfica entrou bem e a surpreender o United, mas não conseguiu prolongar essa fase

Diante do tetracampeão nacional, um gigante inglês orientado por José Mourinho, compatriota de regresso a um clube que já treinou e agora como um ídolo, devido às mais de duas dezenas de títulos nacionais e internacionais conquistados, e que nos primeiros 20 minutos até encontrou uma águia disponível e disposta a surpreender.

No entanto, com o passar dos minutos o Manchester United, favorito à partida não só pela diferença ao nível dos orçamentos, mas também pelos resultados recentes na Champions e na carreira ao nível doméstico, passou a dominar com clareza a posse de bola e acabou por assinar também o único remate enquadrado com a baliza nos primeiros 45 minutos, pertencente à unidade mais esclarecida das duas equipas nesse período, o…ex-benfiquista Nemanja Matic, que testou a atenção do jovem estreante Mile Svilar.

A um nível apenas mediano, os red devils tiveram na maturidade um pormenor vital

Já no papel de recordista na prova milionária, como o mais jovem guardião alguma vez utilizado na Liga dos Campeões na era moderna (pós-Taça dos Campeões), seria precisamente Svilar a decidir, e pela negativa, o resultado final, com um erro de avaliação ao ter medido de forma errada o espaço que o separava da linha de golo, tendo recuado em demasia para segurar um livre lateral cobrado por Marcus Rashford já para além da linha de golo, aos 64 minutos, lance feliz que premiou um United apenas mediano, mas sempre acima no registo da maturidade.

Para além dos já citados Matic e Rashford, outros elementos de elevada experiência internacional, como o muito atacante lateral direito António Valência e o criativo Henrikh Mkhitaryan, sagaz a ganhar faltas importantes para que a equipa mantivesse o domínio em termos espaciais, foram determinantes para que os red devils tenham alcançado essa diferença ligeira, mas suficiente para obter mais três pontos e assim prolongar o pleno de vitórias no grupo, em claro contraste com o Benfica que aborda a segunda volta ainda sem qualquer ponto somado.  

VAVEL Logo
Sobre o autor