Surpreendente. Assim é como podemos definir o ano de 2014 do Sport. O Leão da Ilha do Retiro foi uma das equipes que subiram da Série B do Campeonato Brasileiro 2013 e não era esperada uma campanha tão regular na Série A. O Leão não frequentou o Z-4 do nacional e conseguiu livrar o rebaixamento com antecedência, mesmo tendo um elenco limitado, sem o mesmo poderio financeiro das equipes do eixo Rio-São Paulo.

Os comandados da Eduardo Baptista, que também ousou ao apostar em jovens, souberam ter uma aplicação tática durante a temporada e desta maneira conseguiram também ficar com o título da Copa do Nordeste e do Campeonato Pernambucano. Com um saldo tão positivo, o torcedor rubro-negro está bastante feliz e poderá conferir aqui a retrospectiva sobre a temporada do Leão da Ilha do Retiro que a VAVEL Brasil fez pra você.

Impulsionado por troca de técnico, Leão ressurge das cinzas e fica com o título do Nordestão

O grande desempenho do Sport nesta temporada podemos dizer que começou a ser trilhado nos quatro primeiros jogos oficiais do ano. Comandado por Geninho, técnico que havia sido responsável pelo acesso à primeira divisão, o time rubro-negro não se encontrou em campo e não conseguiu venceu uma partida sequer. Além disso, só tinha marcado um gol, contra o Botafogo-PB na partida de estreia da Copa do Nordeste, que geraria o único ponto obtido até então.

Com um início ruim e com a primeira fase da competição chegando ao seu final – já que restavam apenas duas rodadas –, todos já colocavam o Sport como fora do Nordestão. Desta maneira, o técnico Geninho foi demitido do clube, que iria atrás de um novo treinador para comandar o time na Série A do Campeonato Brasileiro e Campeonato Pernambucano. Enquanto isso, os leoninos ficaram sob o comando do, até então, preparador físico Eduardo Baptista.

A primeira missão de Eduardo Baptista seria colocar uma equipe para enfrentar o rival Náutico, na Arena Pernambuco, que poderia ficar muito próximo da vaga se vencesse. O Timbu já tinha conseguido quebrar um tabu de mais de dez anos sem ganhar na Ilha do Retiro e era o grande favorito. Eduardo então resolveu fazer algumas modificações no time titular e no esquema tático da equipe. As alterações deram certo e o Leão surpreendeu ao bater o clube alvirrubro por 3 a 0.

Com apenas 1% de chance, o Leão da Ilha do Retiro contou com tropeços dos times que estavam na sua frente e roubou a vaga do Náutico, que acabou deixando a disputa ainda na fase de grupos. Classificado ao lado do Guarany de Sobral, o Sport ganhou fôlego e, embalado pelos gols do artilheiro Neto Baiano, seguiu para o mata-mata. Sendo assim, não restou outra opção a diretoria, que efetivou Eduardo Baptista.

Nas quartas de final, os pernambucanos enfrentaram o CSA. Jogando na Ilha do Retiro com portões fechados – por estar cumprindo uma punição imposta pelo STJD por conta de brigas de torcidas organizadas – o rubro-negro venceu a partida de ida por 2 a 0. Na volta, os alagoanos até conseguiram ganhar o duelo, entretanto, foi por 1 a 0. Sendo assim, os comandados de Eduardo Baptista avançaram às semifinais.

Ao ingressar nas semifinais do Nordestão, o rubro-negro viu uma ótima chance para vingar as três últimas derrotas na final do Campeonato Pernambucano para o Santa Cruz. Diante do maior rival, o Leão da Ilha foi impiedoso e acabou garantindo o passaporte para a final da Copa do Nordeste com duas vitórias por 2 a 0, na Ilha do Retiro, e 2 a 1, no Arruda.

A grande decisão do Nordestão foi contra o Ceará, que vinha sendo apontado como grande favorito desde o início da competição por conta do bom desempenho do seu ataque e meio de campo. No entanto, a equipe cearense foi mais uma vítima da aplicação tática dos pernambucanos.

O primeiro jogo foi realizado na Ilha do Retiro e teve como vencedor o Sport. O matador Neto Baiano abriu o placar ainda no primeiro tempo, enquanto Danilo garantiu o 2 a 0 com um gol na etapa final. Na partida decisiva, a Arena Castelão recebeu cerca de 60 mil pessoas, mas não foi suficiente para parar os leoninos. O time pernambucano até saiu atrás no marcador, mas conseguiu chegar ao empate com Neto Baiano, de pênalti, e pôde festejar dentro da casa alvinegra.

No embalo do Nordestão, Leão chega ao tão esperado 40º título Pernambucano

O Sport estava na fila. Após conseguir um pentacampeonato, o Leão da Ilha do Retiro começou a tropeçar diante do rival Santa Cruz. Foram três anos seguidos vendo o tricolor do Arruda ser campeão, sendo dois conquistados no estádio da Ilha do Retiro, inclusive, um deles no dia do aniversário do time rubro-negro. Desta maneira, os leoninos, que haviam começado a vingança na Copa do Nordeste, retomaram a hegemonia local.

O Sport – assim como o Santa Cruz e o Náutico – só passou a disputar o Campeonato Pernambucano a partir da segunda fase. A equipe entrou já no hexagonal do título e se juntou a Salgueiro, Central e Porto. O motivo para isso foi a presença do trio de ferro da capital pernambucana na disputa da Copa do Nordeste, não possuindo datas suficientes para jogar contra todos os times do certame. Ainda no hexagonal, o Leão teve que dividir as atenções com o Nordestão e, sendo assim, fez uma campanha suficiente para garantir a segunda colocação e avançar às semifinais.

A semifinal do certame foi uma reedição do que aconteceu na Copa do Nordeste. Novamente, Sport e Santa Cruz estavam frente a frente na peleja para ir à final. O primeiro jogo, realizado no Arruda, teve como vencedor o tricolor. A equipe coral bateu o rubro-negro, que entrou com o time misto, por 3 a 0. Com o resultado, o Santa precisava apenas de um empate no jogo da volta, no entanto, uma vitória do Leão pelo placar mínimo levaria o duelo para os pênalti. E foi o que aconteceu na Ilha do Retiro, com gol de Leonardo aos 41 da etapa final.

Nas penalidades, o Sport contou com a estrela do experiente e ídolo da torcida rubro-negra Magrão. Ele foi o responsável por defender o pênalti cobrado por Carlos Alberto e garantir a vitória por 5 a 3, que teve como o último batedor o artilheiro Neto Baiano. Com isso, o Leão passou para a disputa da final contra o Náutico.

Diante dos rivais alvirrubros, o Sport não titubeou. O Leão da Ilha do Retiro bateu o Náutico, por 2 a 0, dentro de casa e levantou a taça na Arena Pernambuco, onde conseguiu ganhar por 1 a 0, gol marcado de cabeça pelo zagueiro Durval. Desta maneira, os comandados de Eduardo Baptista chegaram ao segundo título no ano.

Copa do Brasil: Saída estratégica por um sonho

O regulamento da Copa do Brasil é claro: o clube não pode participar da competição e da Copa Sul-Americana no mesmo ano. Sendo assim, as equipes têm o direto de escolher por um dos dois campeonatos. Desta forma, o time que almeja participar da Sul-Americana precisa sair da Copa do Brasil até a terceira fase e foi isso que o Sport fez.

Sonhando com a possibilidade de conquistar o primeiro título internacional, o rubro-negro pernambucano resolveu sair de maneira estratégica da Copa do Brasil para ingressar na Sul-Americana. O Leão da Ilha do Retiro na competição nacional enfrentou na primeira fase o Brasília, no estádio Mané Garrincha, na capital federal, e não deu nem a oportunidade do alvirrubro jogar em Pernambuco, pois venceu por dois gols de vantagem e eliminou o jogo da volta.

Na segunda fase da Copa do Brasil, o Sport recebeu o Paysandu. O primeiro jogo aconteceu em Belém, no Pará, e o Papão acabou vencendo os reservas do Leão por 2 a 1, no Mangueirão. No duelo de volta, o clube pernambucano fez sua despedida do campeonato com uma vitória, na Ilha do Retiro, por 3 a 2, e foi eliminado por conta do saldo de gols. A eliminação foi aceita normalmente pelos torcedores, que só pensavam na disputa da Sul-Americana.

Copa Sul-Americana: O sonho durou pouco

O Leão tinha um objetivo para o segundo semestre: focar na busca pelo título da Copa Sul-Americana 2014 e garantir uma vaga na Libertadores 2015. Para isso, a diretoria rubro-negra começou uma busca por um jogador midiático. O primeiro nome da lista era Juan Román Riquelme. O badalado e experiente craque argentino passou a ser a grande obsessão dos dirigentes leoninos, que buscavam um nome reconhecido para elevar a marca do clube fora do Brasil, mas o acerto não aconteceu.

Apesar disso, os mandatários não desistiram e fecharam com o meia Diego Souza, que vinha sendo disputado também por Flamengo e Palmeiras. Além de também acertar com Ibson. No momento do anúncio, o Leão ganhou grande projeção na mídia nacional e passou a ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. A confiança para a disputa do torneio internacional só aumentava entre os torcedores, enquanto o elenco também não escondia a expectativa.

Toda ansiedade e vontade de vencer foi jogada por água abaixo já no primeiro jogo da competição. Em uma atuação pífia, na Ilha do Retiro, os rubro-negros acabaram sendo derrotados pelos, até então, reservas do Vitória. O Leão passou a viver seu pior momento em 2014, principalmente, porque o treinador não conseguia encontrar peças suficientes no elenco, que estava bastante defasado por conta de várias lesões. Com isso, o jogo da volta serviu apenas para o Vitória passar de fase, com um 2 a 1, no Barradão.

Brasileirão: Início promissor com direito a sonhar com o G-4

O Sport vinha embalado pelas conquistas da Copa do Nordeste do Campeonato Pernambucano. Sendo assim, o início na Série A do Campeonato Brasileiro 2014 foi bom. A equipe de Eduardo Baptista fazia bons jogos, sempre com consistência na marcação e descida rápidas para o ataque. O Leão não conseguia fazer vários gols, entretanto, o sistema defensivo lograva êxito e, com isso, o time garantia os três pontos por placares apertados.

O Leão da Ilha do Retiro fez uma boa pontuação nos primeiro nove jogos da competição - que precisou parar por conta da realização da Copa do Mundo no Brasil -, ao vencer quatro jogos, perder três e ficar no empate em outros dois. Com isso, o rubro-negro foi para intertemporada na 9ª colocação, somando 14 pontos - três a menos que o quarto colocado - e permitindo-se a sonhar com o G-4 do certame. O zagueiro Ewerton Páscoa, inclusive, chegou a afirmar que ficar entre os quatros seria a meta leonina.

"Essa equipe é vitoriosa, acostumada a ganhar. Não vamos nos contentar com a Copa Sul-Americana. Temos que trabalhar para, no mínimo, ficar entre os quatro melhores. A nossa meta é essa e vamos buscar isso após essa paralisação para a Copa do Mundo. Tenho certeza de que temos condições de fazer uma grande temporada. Nosso time é capaz de surpreender. Estou certo de que iremos calar quem disse que o Sport lutaria contra o rebaixamento", afirmou durante a parada da Copa do Mundo.

Já o técnico Eduardo Baptista aprovou o início do Leão na Série A do Campeonato Brasileiro. Bastante satisfeito com a meta de ficar entre os dez primeiros alcançada, o treinador comemorou muito o primeiro semestres vitorioso.

"A principal meta foi atingida. Queria que estivéssemos entre os 10 e estamos indo para a parada na nona posição. A meta traçada de 15 pontos era porque acreditávamos que seria a pontuação necessária para chegar entre os 10. Então, o pessoal está de parabéns e conseguimos realizar o que nós programamos. Tudo o que o Sport se predispôs a fazer, fez. Fomos campeões de duas competições (Copa do Nordeste e Pernambucano) com muita justiça. Iniciamos uma Série A, na qual pegamos Cruzeiro, Santos, Corinthians, Internacional e Grêmio e conseguimos ficar entre os 10. Então, fizemos um grande início de ano", analisou o comandante, após o jogo atrasado contra o Bahia, na Ilha do Retiro, que foi último antes da Copa do Mundo.

Na volta da Copa do Mundo, Leão chega a entrar no G-4, mas é atrapalhado por lesões e cai de rendimento

O Sport voltou da parada da Copa do Mundo embalado. No primeiro duelo pós-Copa os pernambucanos bateram o Botafogo na Ilha do Retiro, com um golaço de Neto Baiano – que era unanimidade entre os torcedores – do meio de campo. Com aquele resultado, o Leão passou a integrar o grupo dos quatro primeiros colocados da competição. A quarta posição durou apenas uma rodada, pois o empate em 0 a 0 com o Goiás, no Serra Dourada, fez o time cair para o sexto lugar.

A partir da 13ª rodada, o Leão da Ilha do Retiro começou a não se encontrar dentro de campo. Sem contar com o volante Rodrigo Mancha, o time perdeu muito de sua marcação, com isso, virou presa fácil dos rivais fora de casa. A primeira derrota desastrosa veio contra o Figueirense, em Santa Catarina. A equipe catarinense, que estava na lanterna, não tomou conhecimento e aplicou um 3 a 0. A sequência ruim continuou por mais algumas rodadas.

Se a marcação do Leão já não estava muito boa sem Rodrigo Mancha, ficou ainda mais complicada quando o zagueiro Ewerton Páscoa também se lesionou. Com isso, as lesões começaram a afetar o bom rendimento da equipe, que também tinha dificuldades no setor de criação. Outro problema era com o artilheiro Neto Baiano. As atuações do camisa 9 foram ficando cada vez mais longe das do primeiro semestre. Titular absoluto, até então, o jogador passou a ser questionado.

O grande problema do Sport era os jogos fora de casa. Dentro de seus domínios, os comandados de Eduardo Baptista conseguia vencer, até mesmo quando não apresentava um bom futebol. Desta maneira, o time ia somando pontos suficientes para manter-se na primeira página da classificação na competição.

Quando começou a acumular derrotas fora de casa, as obrigações de vencer nos seus domínios foi ficando cada vez maior, pois o time estava começando a cair na tabela e os clubes da zona de rebaixamento vinham tirando a diferença de pontos. Com nervosismos e jogos contra equipes da parte de cima da tabela, o Leão passou a também tropeçar dentro de casa e isso foi tirando o pouco da paciência da torcida. Desta maneira, Eduardo Baptista viu seu trabalho começar a ser questionado pela primeira vez na temporada, entretanto, a diretoria rubro-negra acreditou no comandante e o segurou no cargo.

Na reta final, Leão conta com voltas importantes e bom futebol de Diego Souza

Quando o time estava vendo a zona de rebaixamento cada vez mais de perto, o técnico Eduardo Baptista conseguiu fazer seus comandados voltarem a render de uma maneira parecida como no primeiro semestre. Baptista também contou com os retornos de Ewerton Páscoa e Rodrigo Mancha, que acabaram dando uma consistência ao sistema defensivo. Além disso, o meia Diego Souza passou a jogar no meio de campo e assumiu a condição de principal jogador na equipe.

Para tirar Diego Souza da função de "falso 9", o técnico Eduardo Baptista apostou em um jovem da base, que acabou correspondendo muito bem. Joelinton assumiu o comando do ataque rubro-negro e ganhou vários elogios do comandante, que chegou a dizer que o atleta era atacante do nível da Europa: "Vai ser difícil segurar Joelinton aqui. É jogador de Europa. Acho que poderia até maturar ele um pouco mais, mas ele tem uma personalidade boa e entrou em campo quando precisamos", afirmou o treinador leonino após a partida contra o Fluminense, na Arena Pernambuco.

A vitória fora de casa, após cinco meses e meio, veio contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada. O placar foi apenas 1 a 0, mas o gol valeu por muitos, pois foi um belo voleio do meia-atacante Diego Souza. Em seguida, os rubro-negros participaram da inalguração da Arena Allianz Parque, do Palmeiras, e também ficaram com os três pontos. Ananias marcou o primeiro gol do novo estádio, enquanto Patric fez um golaço e decretou o 2 a 0. Bem mais tranquilo e livre da zona de rebaixamento, o Leão da Ilha do Retiro terminou a temporada em lua de mel com a torcida, que só fez festejar nos jogos seguintes.

Melhor jogo: Palmeiras 0x2 Sport, 35ª rodada do Brasileirão

Perfeita. Assim é a maneira que podemos definir a aplicação do Sport nesta partida. Os leoninos fizeram um jogo de muito equilíbrio, sem dar chances para o Palmeiras assustar o goleiro Magrão. Aproveitando-se do nervosismo e da responsabilidade que estava em cima do clube paulista, o Leão fez seu melhor jogo na Série A e venceu por 2 a 0. A marcação funcionou muito bem durante os 90 minutos, o ataque apareceu no momento certo e os rubro-negros calaram os torcedores alviverdes, que lotaram a na nova Arena Allianz Parque para festejar.


Pior jogo: Figueirense 3x0 Sport, 13ª rodada do Brasileirão

Os torcedores rubro-negros ainda sonhavam com uma possível chance de ficar próximo e quem sabe entrar no G-4 da competição. Entretanto, o duelo contra o Figueira deixou claro que seria bem difícil o clube encontrar forças durante toda a competição para buscar esse objetivo. Em uma partida totalmente apática, onde os jogadores praticamente não entraram em campo, os leoninos viraram presa fácil dos catarinenses, que aplicaram um 3 a 0 e deixaram à lanterna da Série A naquele duelo.

Melhores jogadores

Patric: O lateral-direito não era unanimidade entre os torcedores do Leão em 2013. A torcida até tinha motivos para não aprovar o desempenho de Patric, entretanto, 2014 foi totalmente diferente. Sempre com muita velocidade pelo lado direito, o jogador se destacou bastante na Série A do Campeonato Brasileiro. Patric chegou a fazer três gols em uma única partida, contra o Santos, na Arena Pernambuco. Com o Sport sentindo falta de um goleador, ele virou o artilheiro do time na competição, marcando belos gols. O bom futebol apresentado deixou sua permanência na Ilha do Retiro em 2015 ficar bem difícil.

Renê: O lateral-esquerdo sabe bem o que é ser criticado pela torcida do Sport. Revelado pelo clube em 2011, o atleta sofreu com a insatisfação dos leoninos e em 2013, na Série B, era a terceira opção para a lateral. No entanto, retornou à titularidade quando Eduardo Baptista assumiu o comando e não deu espaço para os reservas Danilo e Igor Fernandes, que passaram até a ser utilizados no meio de campo, uma vez que o ala foi o único jogador de linha a participar de todos os 38 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro, além de ser o líder de passes certo e desarmes no nacional. Com o desempenho do atleta, a diretoria leonina agiu rápido e acertou a permanência do lateral até 2017.

Rodrigo Mancha: Indicado pelo técnico Geninho, o experiente volante chegou ao Leão sob desconfiança de boa parte da torcida, que lembrava do jogador que não tinha ido bem nas últimas passagens pela Série A. No entanto, Rodrigo Mancha conquistou o torcedor sendo fundamento para consistência da marcação rubro-negra durante a temporada. Na Série A, por exemplo, quando o time não teve Mancha em campo o rendimento defensivo ficou bem longe do normal.

Piores jogadores

Enrique Meza: O zagueiro paraguaio teve uma passagem para ser esquecida no Leão da Ilha do Retiro. Meza nem chegou a atuar na Série A do Campeonato Brasileiro, bastou apenas dois jogos na temporada para entrar na lista dos mais improdutivos de 2014. O futebol apresentado nos duelos contra o Central – pelo Pernambucano – e Paysandu – na Copa do Brasil – fizeram o atleta ser envolvido em uma negociação entre o Sport e a Chapecoense pelo meia Régis.

Robert Flores: Vindo do Deportivo Quito, do Equador, o meia uruguaio não caiu nas graças da torcida leonina e do técnico Eduardo Baptista. Flores fez apenas cinco jogos durante a temporada e a qualidade do futebol não foi das melhores. Jogando de maneira muito lenta na criação das jogadas o atleta não mostrou a que veio e, com isso, foi dispensado do Leão da Ilha do Retiro após a parada da Copa do Mundo.

Zé Mário: O atleta que sem dúvida foi a maior decepção leonina na temporada. Contratado após conseguir se destacar na Copa do Nordeste e no Campeonato Pernambucano pelo rival Náutico, o meia Zé Mário mostrou um futebol muito distante do que se esperava. Dos três, ele foi o que teve mais chance com a camisa rubro-negra e também o que mais tirou a paciência da torcida.

Expectativa para a temporada 2015

O torcedor leonino mais do que ninguém está bastante confiante para a temporada 2015. Única equipe nordestina que disputará a Série A do Campeonato Brasileiro, o Leão terá um desafio e tanto durante, praticamente, todas as competições que disputará em 2015. No primeiro semestre, os rubro-negros entrarão em campo como o grande favorito na Copa do Nordeste e no Campeonato Pernambucano, até pelo fato de ser um dos poucos times a manter uma base da temporada anterior. Além disso, o Sport vive bem financeiramente, com todas as obrigações em dias, diferentemente de seus rivais. Desta maneira, a obrigação de grandes resultados, no primeiro semestre principalmente, aumentará bastante.

Análise final

O ano de 2014 para o Sport foi muito bom. Poderíamos dizer que foi até além do esperado. Tudo passou pela troca de comando nas primeiras rodadas da Copa do Nordeste, pois provavelmente se tivesse ficado com Geninho, dificilmente o clube conseguiria alcançar as conquistas e sofreria bastante na Série A do Campeonato Brasileiro. No seu primeiro ano como treinador, Eduardo Baptista conseguiu arrumar o futebol da equipe e soube trabalhar bem com o que tinha em mãos, pois mesmo com o elenco limitado não entrou uma vez sequer na zona de rebaixamento e passou boa parte da Série A entre os dez primeiro colocados. A única decepção ficou por conta da pífia participação na Sul-Americana, enquanto o ponto positivo ficou por conta da utilização de jovem oriundos da categoria de base nas competições.