Na tarde desta quarta-feira (3), o Brasil entra em quadra pela quarta partida do grupo A da Copa do Mundo de Basquete, realizada na Espanha. A partida será contra a Sérvia, adversária direta na briga por uma vaga às oitavas de final, e pode ser decisiva para o futuro do Brasil na competição. Caso vença a seleção fica bem perto de um segundo lugar no grupo o que possivelmente a afastaria se encontros com Grécia ou Argentina nas oitavas (atuais 1ª e 2ª no grupo B).

Contra a Espanha, o Brasil sofreu seu primeiro, e doloroso, revés na competição: 82 a 63. Com Pau Gasol dominante (27 pontos) e uma excelente pontaria da linha dos três (11 de 24), os espanhois sufocaram os brasileiros do começo ao fim e se isolaram na lideraça do grupo. O destaque do Brasil foi Anderson Varejão com 10 pontos e 4 rebotes.

Magnano pede menos erros para superar adversário

Após seis erros de ataque e apenas 40% nos arremessos de quadra contra a Espanha, o técnico Ruben Magnano destacou a importância do time cometer menos equívocos contra a Sérvia. "Precisamos tratar de diminuir nossos erros que foram muito acentuados contra a Espanha para termos possibilidades de vitória. Vamos continuar buscando a melhor classificação possível na primeira fase da Copa do Mundo", garantiu o treinador do Brasil.

Anderson Varejão e Nenê Hilario admitiram a importância de um descanso, após três jogos consecutivos, contra França, Irã e Espanha. "Jogamos três jogos seguidos e foi bom esse descanso. Vamos aproveitar para pensar na Sérvia no jogo desta quarta", disse Varejão, pivô do Cleveland Cavaliers. "Claro que o descanso é bom. Nós jogamos três jogos em três dias, e esse tempo é ótimo para descansar o corpo, pensar na Sérvia, que é um time forte e que joga tanto embaixo como em cima", completou Nenê.

Caso vença a Sérvia o Brasil chega a 3 vitórias em 4 jogos e dependerá de uma vitória contra o lanterna Egito somada a uma derrota da França para garantir o segundo lugar do grupo A.

Técnico sérvio prega respeito, mas nega medo

Antes do duelo contra a seleção brasileira, o técnico Sasha Djordjevic comentou sobre o adversário: "Nós gostaríamos de ter enfrentado o Brasil ontem ou anteontem, pois eles estariam cansados. É uma equipe com média de 31 anos, a maior deste campeonato. Amanhã estarão mais descansados e será um jogo mais duro, já que o Brasil é uma equipe bastante séria e muito qualificada".

 "Na minha opinião são candidatos a uma medalha, mas podemos responder já que temos jogadores motivados, entrosados e experientes. Devemos pensar que tudo vai sair como planejamos", finalizou o treinador.

Com a classe do armador Milos Teodosic e a força dos pivôs Miroslav Raduljica e Nenad Krstić, a Sérvia encara o jogo como uma decisão e deve ser páreo duro, já que tem o mesmo objetivo do Brasil: se classificar com antecedência e, pelo menos, em segundo lugar.