O confronto entre New York Knicks e Dallas Mavericks na noite desta segunda-feira (07) no Madison Square Garden marcou o encontro entre dois alas-pivôs da liga que têm jogado muita bola. De um lado, o conhecido veterano Dirk Nowitzki, do outro, o calouro Kristaps Porzingis, constantemente comparado ao ídolo alemão neste início de carreira, principalmente pelo fato de ter um bom aproveitamento nas bolas de três. Declarado fã do ala-pivô de 37 anos, Porzingis foi muito bem na partida, anotando 28 pontos, 12 deles no último quarto, porém não evitou a derrota de sua equipe por 104 a 97.

Sobre ter ficado frente a frente com Nowitzki pela primeira vez em um jogo, Porzingis parecia satisfeito em entrevista pós-jogo. “Foi divertido no começo. Ele mostrou porque é Dirk Nowitzki. No primeiro tempo, dei espaço para ele arremessar e logicamente ele acertou. Porém, tudo foi uma lição para mim e algo a prestar mais atenção a partir de agora. Vejo e estudo ele há tempos. Foi muito divertido ter jogado contra ele”, disse o camisa número seis.

Também em entrevista pós-confronto, Nowitzki, que terminou a partida com 25 pontos, não poupou elogios ao jovem letão. “Ele joga para valer. Já sabíamos disso. Ele é mais duro do que parece, comprido, atlético, tem bom controle de bola e ainda acertou uns arremessos de fora hoje. Fez jogadas de infiltração e jogou de pivô – quando Robin Lopez esteve de fora – em uma formação difícil de ser marcada”, disse Nowitzki.

Porzingis não ficou atrás após a partida e comentou o porquê de ter em Dirk um grande ídolo. “Ele não é o mais atlético, não é o mais rápido, mas de algum jeito consegue fazer as cestas. Ele é muito inteligente. Você percebe isso só de o assistir e ver como consegue ludibriar os adversários. Ele fica flutuando e de repente tem um bloqueio para ele sair aberto para o chute. Essas coisas vêm com a experiência, mas essas são coisas que posso aprender com ele”, comentou o jovem de 20 anos.

Para o alemão as comparações recentes fazem sentido e orgulha o ala-pivô. “Estou velho mas fui abençoado e estou por aqui há bastante tempo. É uma honra ter meu jogo respeitado por garotos ao longo dessa trajetória. Desejo a ele (Porzingis) sorte e acho que o céu é o limite  para esse garoto. Não só por causa dele ser bom, mas porque ouvi falar que ele vive, respira basquete. Fica na academia, trabalha duro e não permite que toda essa atmosfera da liga entre em sua cabeça – só nos resta torcer por ele”, complementou Dirk, que disse algumas palavras ao rival ao fim do jogo. “Sim, só desejei boa sorte e disse para continuar trabalhando, porque ele deverá ter uma grande carreira”.