Favorito ao ouro na Paralimpíada, o goalball brasileiro vem arrastando grande número de torcedores à Arena do Futuro, casa da modalidade nos Jogos. Com ingressos a R$10, as partidas estão entre as mais procuradas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Com grande procura, o público vem aprendendo as regras da modalidade e se adaptando ao silêncio pedido nas arquibancadas. O técnico da seleção brasileira masculina de goalball Alessandro Tosim, destaca a importância da atforera e garante que o número de torcedores é o maior da história da modalidade, a única exclusivamente paralímpica.
"É o maior público da história do goalball. É emocionante demais. Nunca estivemos em uma competição que tivesse tanta gente assim. É uma motivação a mais, é muito legal jogar com torcida. Os meninos estão bem motivados com isso. Agora está legal, as pessoas estão entendendo a modalidade, que é um esporte que os jogadores precisam ouvir. Melhorou bastante. Estamos usando algumas estratégias também durante a partida para ensiná-los. Só no começo dos jogos é que eles ficam mais agitados, alguns estão vendo o primeiro jogo", declarou o técnico Alessandro Tosim.
Artilheiro da seleção brasileira com 13 gols e vice-artilheiro da competição, Leomon é um dos protagonistas para a evolução do esporte no mundo e de como a modalidade tem caído no gosto do público. Para o jogador, sair da Vila Paralímpica sabendo que irá jogar para um público nunca visto na história da modalidade é algo especial.
"É especial e emocionante. Os ingressos estavam esgotados, soubemos antes do jogo, viemos instigados a ter a ajuda da torcida e ter uma força a mais. Vem sendo. Todos nos apoiam muito, torcem muito. É a maior torcida que já joguei. Vibram pelo goalball e isso é lindo demais. Se fosse uma torcida tão grande quanto essa, mas em outro país, não teria a emoção que os brasileiros colocam aqui. Torcem com o coração. É diferente", frisou Leomon.
"O pessoal está aprendendo. Alguns não vieram a outros jogos.. É tudo marinheiro de primeira viagem. Vão pegando os esquemas. Entendemos bem, gostamos da vibração e sabemos que eles vão aprendendo durante o jogo. Isso empurra a gente para a vitória. Sabemos que o que o brasileiro gosta mesmo é de bola na rede e o goalball tem isso o tempo inteiro", brincou o jogador.
O Brasil volta à quadra contra a Alemanha, na próxima terça-feira (13), às 10h15, horário de Brasília, quando briga pelo primeiro lugar do grupo.
