O meia-atacante Isco encantou a Europa após o ótimo futebol apresentado na última temporada e grandes clubes do continente, como Real Madrid e Manchester City, já demonstraram interesse em contratar a jovem estrela espanhola. O bom desempenho no Europeu sub-21 veio para confirmar o talento do atleta e a saída do Málaga é iminente. A crise financeira vivida pela equipe da Andaluzia poderia ajudar a baratear o preço do atleta, mas o vice-presidente Moayad Shatat declarou que só aceitará negociar pelo preço do atleta, avaliado em 36 milhões de euros.

"Não temos necessidade de vender Isco se não chega uma boa oferta por ele. Isco é um magnífico jogador e se a oferta que chega não é um preço justo não vamos vender o jogador", declarou o dirigente do Málaga nesta quarta-feira, após a apresentação do técnico alemão Bernd Schuster.

Desde que o xeque Abdullah Bin Nasser Al Thani parou de investir, o clube sofre com atraso de salários, o que já provocou a saída de algumas estrelas da equipe. Sancionado pela Uefa, o Málaga não poderá disputar a próxima Liga Europa, apesar de ter terminado o Campeonato Espanhol em sexto lugar. Com isso, o êxodo será inevitável. O primeiro a sair foi o técnico Manuel Pellegrini, que treinará o Manchester City. Demichelis e Saviola terminam contrato e devem ser os próximos, assim como Toulalan, que interessa ao Atlético de Madrid.

Shatat disse que não pretende fazer loucuras para manter os atletas e que só vai liberar algum jogador mediante um valor interessante ao Málaga. "A Demichelis fizemos uma oferta justa e estamos esperando sua resposta e com Toulalan não nos sentamos para negociar com ninguém. Pensamos que o clube está por cima dos jogadores e a entidade a que deve marcar as condições e não os futebolistas".

O pressuposto para a temporada é de 40 milhões de euros. Para Shatat o dinheiro a menos do que o gasto pelos malaguenhos em anos anteriores é uma forma de pensar nas finanças a médio e longo prazo. Mas o valor não abrange o acordo para jogar em La Rosaleda e um centro de treinamentos.

"Nos 40 milhões não incluímos a Cidade Esportiva ou a compra do estádio e temos um valor de partida extraordinário para isto. Não queremos brigar com nenhuma instituição, queremos trabalhar juntos e com a carta da semana passada só queríamos destacar o que aconteceu e reconduzir a situação. Queremos construir a Cidade Esportiva em Málaga e este tema segue sendo uma prioridade para nós", completou.