Nesta sexta-feira (13), Espanha e Holanda reeditaram a final da Copa do Mundo de 2010. Na Fonte Nova, em Salvador, a Holanda tratou de vingar a derrota no último Mundial e mostrar que pode vencer a Fúria. Com a liderança de Van Persie e Robben, que marcaram duas vezes cada, a Laranja Mecânica venceu por 5 a 1. De Vrij e Xabi Alonso marcaram os outros gols do confronto.

O jogo travado e sonolento, como ocorrido na final de 2010, não aconteceu como era esperado. Apesar das duas seleções se respeitarem, a fome da vitória falou mais alto de ambos os lados e ambas as equipes buscaram a vitória enquanto puderam. Com Diego Costa no lugar de Torres, Del Bosque optou por aplicar uma nova forma de jogo na ofensiva espanhola.

Pelo lado holandês, uma equipe totalmente diferente. Dos jogadores de defesa, nenhum estava presenta na derrota de 2010. Mesmo assim, a vontade de vingança existia. Van Gaal apostou na estrela de Van Persie e acertou. O centroavante do Manchester United deu inicio à reação e ao massacre da Holanda, que no momento perdia por 1 a 0 e era pressionada pelos espanhóis.

Com o triunfo, a Holanda larga na frente no Grupo B. A próxima adversária dos holandeses é a Austrália, no dia 18, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. A Espanha, no entanto, tem mais um confronto difícil e encara o Chile, no mesmo dia, no Maracanã, às 16h.

 Com poucas oportunidades, tudo empatado na primeira etapa

O primeiro tempo não começou animador. Com bastante respeito envolvido, as seleções optaram por tocar mais a bola do que visar o ataque. A Espanha abusava do estilo que ficou conhecido como "tiki-taka", mas sem conseguir grandes oportunidades. Pelo lado holandês, Robben e Sneijder tentavam criar oportunidades de gol.

A primeira chance de abrir o placar veio com os holandeses. Arjen Robben recebeu passe em profundidade pela direita e finalizou, mas Iker Casillas parou o ataque. Com mais posse de bola, a Espanha não demorou para responder. Diego Costa recebeu a bola na esquerda e tentou driblar o zagueiro de Vrij, que cometeu pênalti no jogador hispano-brasileiro. Xabi Alonso foi para a cobrança e converteu, colocando os espanhóis em vantagem.

O tento sofrido acordou a Holanda. Pela esquerda, a Laranja Mecânica abusava em jogadas com Blind, principalmente em cruzamentos. A insistência funcionou aos 43 minutos, quando Van Persie recebeu um lançamento do meio do campo, e mergulhou de peixinho para encobrir Casillas e deixar a partida empatada ao fim da etapa.

Domínio e goleada holandesa

As seleções voltaram para os 45 minutos finais sem alterações. No entanto, Van Gaal mudou o modo de sua equipe atuar. Os holandeses pressionavam mais a saída de bola espanhola, evitando que a troca de passe fosse eficaz. Travados pelos adversários, os espanhóis pouco criavam.

O show holandês começou logo aos seis minutos. Em mais um lançamento, Robben recebeu a bola e fez sua jogada característica de cortar para a perna direita. O jogador, mesmo muito marcado, finalizou para o fundo das redes do arqueiro Casillas, dando início ao massacre.

Os espanhóis sentiram o gol. Após sofrer a virada, as jogadas ofensivas da Espanha foram nulas e sem atacar, o espaço para Holanda ficou ainda maior. Aos 18, mais um cruzamento na área resultou em gol. De Vrij subiu para cabecear e aumentar a vantagem para 3 a 1, praticamente liquidando as forças espanholas.

Del Bosque, sentindo a pressão, tentou mudar a equipe com as entradas de Fernando Torres e Césc Fàbregas, mas não adiantou. A Holanda continuava levando muita vantagem, principalmente em jogadas de velocidade e pelo lado esquero. O quarto tento não demorou para acontecer. Aos 26 minutos, Casillas dominou a bola com os pés e se atrapalhou, Van Persie recuperou a bola e, sem goleiro, marcou seu segundo gol na partida.

Robben fechou a goleada. Após receber longo lançamento do campo de defesa, o jogador do Bayern disparou em velocidade até a área adversária e ficou cara-a-cara com o arqueiro e o tirou duas vezes do lance antes de também marcar seu segundo gol na partida e dar números finais ao confronto.