A seleção da França foi até Lisboa para enfrentar Portugal e deixou o estádio José Alvalade com a vitória pelo placar mínimo com um gol de Mathieu Valbuena já na reta final da partida. O meia do Lyon cobrou falta de forma milimétrica perto da entrada da área para tirar a bola do alcance de Rui Patrício e deu para os Bleus a segunda vitória em cinco jogos disputados no ano de 2015.

A vitória também manteve a marca de 40 anos sem vitórias de Portugal sobre a França, já que dez confrontos foram realizados desde 1975 e nenhum teve a vitória dos portugueses sobre os franceses.

A França volta a campo na próxima segunda (7) para enfrentar a seleção da Sérvia em mais um amistoso, realizado no novo estádio do Bordeaux, recém-inaugurado e sede da Eurocopa 2016. A seleção lusitana também terá compromissos no mesmo dia, mas a equipe de Fernando Santos terá partida válida pelas eliminatórias da Euro tendo a seleção da Albânia como adversária.

Placar nulo mostra a pouca capacidade ofensiva das equipes na primeira etapa

O início de jogo não foi dos mais produtivos em relação à quantidade de chances de gol criadas, mas deixou claro qual era postura das duas seleções na partida, com Portugal mostrando ser uma seleção mais estabelecida nos primeiros minutos, já que Deschamps optou por um esquema diferente do usual 4-3-3 usado como principal esquema tático dos Bleus.

Com a posse, o objetivo de Portugal era buscar sempre Nani e Cristiano Ronaldo nos últimos setores do campo, já que os dois pontas são a principal fonte de criatividade da equipe de Fernando Santos. Sem tanta efetividade em levar a bola perto do gol de Hugo Lloris, por conta da dificuldade em ultrapassar as linhas da equipe francesa e encontrar espaços pelo centro, Portugal tentou por várias vezes jogar pelos lados do campo ao inverter a bola de lado com passes longos.

Já a seleção da França não esperava muito para tentar atacar com a posse e as principais jogadas da EdF foram criadas pelo lado, mas sem oferecer tanto perigo aos defensores da seleção lusa nos momentos de ataque. Aos poucos, já com mais da metade da primeira etapa disputada, a incapacidade de causar desequilíbrios ficou mais evidente e o ritmo da partida seguiu o mesmo.

A primeira grande chance da partida surgiu aos 30 minutos, quando a França conseguiu criar uma jogada entre as linhas de Portugal originada no lado esquerdo com Blaise Matuidi surgindo de frente para o gol de Rui Patrício, que conseguiu efetuar a primeira defesa importante da partida. Blaise Matuidi, Paul Pogba e Antoine Griezmann, que entrou na partida no lugar de Nabil Fekir lesionado, se tornaram os principais nomes da França nos últimos minutos do primeiro tempo por conseguirem fazer a transição entre a defesa e o ataque.

Já aos 40 minutos, Cristiano Ronaldo teve uma chance de levar perigo numa cobrança de falta, mas Lloris conseguiu defender a cobrança e na sequência do lance Raphäel Varane afastou a bola vinda de um cruzamento para afastar qualquer perigo de Portugal ter uma situação de gol.

Com a seleção visitante mais presente no campo adversário perto do fim dos 45 minutos iniciais, a França cresceu no aspecto ofensivo ao manter a bola em zonas mais adiantadas por Portugal não oferecer a mesma proteção que tinha nos minutos iniciais, mas a dificuldade em criar jogadas mais influentes era clara e a primeira etapa terminou com um 0 a 0.

A má notícia ficou por conta da saída de Fekir, que sofreu uma torção no joelho de acordo com a imprensa francesa, e de Ricardo Carvalho, que não foi capaz de retornar ao campo após ter sofrido um golpe na cabeça de Patrice Evra, deixando alerta os torcedores de Lyon e Monaco.

Valbuena entra com dez minutos para o fim de jogo e decide na bola parada

A França começou a segunda etapa sendo mais efetiva e com três minutos já obrigou Rui Patrício a realizar mais uma saída do gol com o objetivo de diminuir o espaço de Griezmann, que aproveitou para criar a situação com Matuidi após a bola ter sido desviada sem sucesso pela defesa lusitana em um cruzamento vindo do lado esquerdo.

Aos 18 minutos, Morgan Schneiderlin, que entrou durante o intervalo no lugar de Yohan Cabaye, conseguiu colocar Karim Benzema diante de Rui Patrício após a jogada ter sido originada no lado esquerdo através de Evra e Matuidi, mas o atacante do Real Madrid finalizou no meio do gol permitindo Rui Patricio a efetuar a defesa de forma segura.

Após alguns minutos sem tanta ação, Éder levou a sua seleção perto de abrir o placar aos 17 minutos após ter finalizado acima do gol, ao receber cobrança lateral já dentro da área e girar após manter a posse da bola na disputa com o defensor francês.

Aos 25 minutos a França voltou a ter uma grande oportunidade com Benzema em uma cobrança de falta, com Rui Patrício surgindo mais uma vez para colocar a bola por cima do gol e dar escanteio para a seleção da França. Na cobrança do tiro de canto, Varane conseguiu efetuar uma cabeçada, mas a falta de potência ao golpear a bola fez com que Rui Patrício defendesse a bola mais uma vez.

Já na reta final de jogo, Portugal quase surpreendeu com uma jogada de contra-ataque iniciada com Éder, que progrediu até a entrada da área após tirar Laurent Koscielny da jogada com uma rápida finta, mas que na mesma finta perdeu o controle da bola e fez com que Lloris chegasse no último instante para dividir a bola com o atacante do Swansea e conseguir o tiro de meta.

Quando a partida parecia rumar para o placar sem gols, Mathieu Valbuena, que entrou já com pouco mais de 10 minutos para o encerramento da partida, cobrou falta perto da meia-lua e acertou o lado esquerdo das redes de Rui Patrício numa cobrança indefensável para o goleiro da seleção lusa. Após o gol, a equipe da França colocou todos os seus jogadores atrás da linha e para Portugal restou aguardar o fim do jogo e a derrota por 1 a 0.

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Sobre o autor
Renato Gomes
Quase formado em Jornalismo, assisto de Champions League até Campeonato Australiano.